início bocadomangue Mario Moscatelli

FECOLÂNDIA – o retorno

Neste lugar paradisíaco onde o que predomina é a merda em seu estado mais puro, mais cristalino e genuíno, também predomina uma espécie dita inteligente que só pensa, fala e faz merda.

O símbolo deste lugar é o cagalhão, impávido colosso, proveniente de centenas de anos de cagadas amorais onde o que sempre predominou foi e exploração até esgotar a fonte e se dar bem a todo e qualquer custo.

Esse troço apenas consegue resistir à tamanha fúria da espécie dominante, à tamanha ganância, zona, desorganização, falta de educação e infra-estrutura, superfaturamento e pilhagem, porque é gigante pela própria natureza. É grande demais para ser aniquilado. Bom, pelo menos por enquanto.

Sua classe politicamente dominante e incorreta desde o nascimentom, há centenas de anos só pensa em se dar bem em cima dos otários que desconhecem seus direitos e acham que quando recebem alguma migalha do banquete, consideram o(a) doador(a) um(a) verdadeiro(a) mártir, pai ou mãe dos otários, uma verdadeira figura messiânica, um(a) estadista sem paralelo no universo, até mesmo previsto(a) nas sagradas escrituras ou prenunciado pelos clarividentes mais famosos.

Essa escória da espécie dominante, deita e rola, fazendo leis e regras que só beneficiam aos próprios denominados partidos políticos ou quadrilhas como denominamos aqui em nosso planeta natal. A sociedade local é dividida e subdividida em centenas de quadrilhas que vão dividindo o espaço dessa sociedade suicida, em quadrilhas disso e daquilo, onde tudo tem dono, onde o tal “puder pubicú” não tem interesse de levar algum.

A regra geralmente muito aceita é que o réu de hoje , seja ele estuprador, pedófilo, corruptor, assassino, superfaturador, é a vítima de amanhã, sempre com a aura de reconciliado com o senhor das profundezas onde nunca falta um livro de oração nas mãos do criminoso.

Pelas leis que imperam nesse império sem lei, ninguém por mais canalha que seja pode ser obrigado à gerar provas contra si, tenha ele matado, esquartejado, roubado ou desviado bilhões de hospitais, comida de creches, recursos para catástrofes, etc, etc. Além disso, nesse oásis de sacanagem e putrefação moral, permite-se aos canalhas que tenham roubado bastante para pagar os melhores advogados, que apelem por meios de recursos sem fim às sentenças proferidas, dando mais do que certeza da impunidade nesse lugarzinho de merda. À maioria dos otários que não roubaram o suficiente para pagar bons e influentes advogados superlotam carceragens e presídios, verdadeiras masmorras, purgatório para todos os pecados cometidos nessas e nas vidas passadas.

Mas isso, desde já, é apenas para a maioria de otários analfabetos funcionais e pobres que pouco interessam à sociedade pacífica e ordeira que predomina fora dos estádios de um intrigante jogo. Nesse jogo vinte e duas criaturas da espécie dominante correm atrás de um artefato chamado de bola. Devido às diferenças de cores que cada grupo de milhares de criaturas apresentam, algumas das mais exaltadas sentem-se no direito de matar ou ferir as outras, exclusivamente por apresentarem outras colorações.

Engraçado que essa massa de otários violentos age como cornos mansos quando diariamente são sufocados e humilhados de todas as formas pela escória da humanidade, estipulando salários aviltantes, negando-lhes qualidade em serviços básicos garantidos por leis que não servem basicamente para nada, visto que mais do que geralmente não são cumpridas.

É importante observar que para a escória da humanidade os serviços negados aos otários, são oferecidos gratuitamente e de primeira qualidade, tudo pago pelos otários. Sempre eles!

Visando aumentar o roubo, considerado normal em pequena e larga escala por todos nessa estranha sociedade, os governantes desse circo de horrores, inventam de tempos em tempos, grandes eventos, onde os “cornogramas” são devidamente nunca seguidos à risca, visando atrasos intencionais no sentido de gerar aqueles três turnos sem finais de semana, super-super-super faturamentos de praxe, obras mal acabadas que alegram as empresas patrocinadoras dos “pós mudernos” administradores “pubicús” eleitos democraticamente sob o cabresto de propagandas mentirosas, de obras de fachada e pelos analfabetos funcionais*.

Mais uma vez mantendo o ritmo de pilhagem sem parar, sem serem incomodados, é claro, os investimentos eficientes na educação, isto é, que gerem criaturas com poder de raciocínio e reação diante dos absurdos cometidos diariamente, são evidentemente miseráveis, visando gerar hordas e mais hordas de analfabetos funcionais*, onde o que interessa mesmo é obrigar esses mortos-vivos à votarem em qualquer merda que perpetue a lambança fecal.

Existe tudo, paga-se por tudo, mas quase nada funciona! A causa apregoada é sempre a falta de recursos. Recursos que escoam no superfaturamento, na estabilidade e improdutividade de certas classes privilegiadas, nas obras abandonadas, na corrupção, e na engenhosa indústria da degradação.

Essa última engenhosa máquina de fazer dinheiro para os de sempre, baseia-se, da mesma forma que nos grandes eventos em conseguir algumas centenas de mihões de dinheiros locais para obras visando despoluir o fruto da ausência de políticas de tudo, visto que a escória da espécie dominante está interessada mesmo é em se dar bem e que o resto se..., desde que continue pagando os impostos que não geram qualquer benefício para os otários.

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ
Existe tudo, paga-se por tudo, mas quase nada funciona! A causa apregoada é sempre a falta de recursos. Recursos que escoam no superfaturamento, na estabilidade e improdutividade de certas classes privilegiadas, nas obras abandonadas, na corrupção, e na engenhosa indústria da degradação...


Dessa forma, fazem-se obras que não resultam em quaisquer melhorias efetivas e posteriormente diante desses denominados ludicamente “equívocos técnicos” continua- se buscando num breve futuro mais grana para terminar o que o projeto antecessor não terminou e que o atual também não irá terminar o que por sua vez permitirá mais empréstimos, superfaturamentos, três turnos, propagandas mentirosas em horário nobre e por aí vai por centenas de gerações da escória da humanidade.

Mas o que importa é que todos se sintam felizes no meio da merda e do lixo. A população local seja abastada ou não, seja em momentos de folia ou no dia a dia, transforma suas cidades, rios, praias, lagoas e baías em verdadeiras latrinas por ação e omissão. Demonstram não mais se importar com o cheiro de comida misturada com fezes de animais de estimação, além do lixo que em dias festivos toma conta de todo o espaço disponível. Simplesmente consideram normal aquele odor e aquela situação pois o importante é se esbaldar até se acabar.

Fecolândia é assim, com uma merda de classe política e com uma sociedade que majoritariamente corresponde às expectativas da primeira, isto é, ser currada diariamente e achar engraçado, fazer piada de tudo, pagar e não receber.

OBSERVAÇÃO: Qualquer semelhança com algum lugar que você conheça não é mera coincidência. Se você ainda tiver alguma dúvida, procure um neurologista ou volte à estudar pois você também é um otário.  

Mario Moscatelli - Biólogo - MSc. em Ecologia



Compartilhe
artigo anterior
confira os arquivos

 

política de privacidade | meio ambiente | ongs | universidades | página inicial

A opinião dos colunistas é de inteira responsabilidade dos mesmos

Todos os direitos reservados 2013 © Biologo.com.br