RIO
DE JANEIRO, 18 DE AGOSTO DE 2006
PREZADO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL E FEDERAL
O FUTURO CHEGOU E NÃO É COMO NÓS ESPERÁVAMOS.....
MAIS UMA
VEZ VENHO POR MEIO DE RELATÓRIO FOTOGRÁFICO AÉREO
APRESENTAR O QUASE TOTAL DESCASO DAS AUTORIDADES PÚBLICAS DO
PODER EXECUTIVO PARA COM O GERENCIAMENTO DOS ECOSSISTEMAS AINDA EXISTENTES
NA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ – CIDADE DO RIO DE JANEIRO.
NÃO É A PRIMEIRA, E RECEIO QUE NÃO SERÁ
A ÚLTIMA DENÚNCIA QUE FAREI A RESPEITO DOS MESMÍSSIMOS
PROBLEMAS AMBIENTAIS QUE A CADA ANO MAIS SE CONFIGURAM COMO TAMBÉM
PROBLEMAS DE ORDEM DE SAÚDE PÚBLICA E DE DESCAPTALIZAÇÃO
ECONÔMICA E AMBIENTAL PARA A REGIÃO DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ.
FRUTO DA AUSÊNCIA DE POLÍTICAS ARTICULADAS DE EDUCAÇÃO,
PLANEJAMENTO FAMILIAR, TRANSPORTE, HABITAÇÃO, SAÚDE
E MEIO AMBIENTE, CADA ESFERA DO PODER PÚBLICO EXECUTIVO FAZ DE
CONTA QUE OS PROBLEMAS PRESENTES NÃO EXISTEM OU ESTÃO
SENDO SOLUCIONADOS COM AS AÇÕES EM ANDAMENTO.
NA VERDADE TODAS AS AÇÕES EM ANDAMENTO, QUANDO DE FATO
EXISTEM, EFETIVAMENTE NÃO TRARÃO À CURTO, MÉDIO
OU LONGO ESPAÇO DE TEMPO QUALQUER MELHORA AMBIENTAL DE FATO,
VISTO QUE A AUSÊNCIA DO PACOTE EMERGÊNCIAL DE POLÍTICAS
PÚBLICAS ARTICULADAS ACIMA MENCIONADO NÃO EXISTE E TÃO
POUCO VONTADE QUE O MESMO EXISTA POR MOTIVAÇÕES EXCLUSIVAMENTE
POLÍTICO-PARTIDÁRIAS.
NUM CONTEXTO ONDE A CIDADE DO RIO DE JANEIRO SE TRANSFORMA NO PALANQUE
DA FILSOFIA DO QUANTO PIOR, MELHOR, PARA AS TRÊS PRINCIPAIS FORÇAS
POLÍTICAS DO MOMENTO, O MEIO AMBIENTE DA CIDADE É LITERALMENTE
DESTROÇADO POR FALTA DE RECURSOS ECONÔMICOS, INCIPIENTE
GERENCIAMENTO AMBIENTAL, MULTIPLICAÇÃO DE PARQUES DE PAPEL,
OCUPAÇÃO DESORDENADA ETC.
AS FOTOS COMENTADAS EM ANEXO, MOSTRAM BEM A QUANTIDADE DE CRIMES AMBIENTAIS
COMETIDOS DIARIAMENTE CONTRA O MEIO AMBIENTE DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ
SEM QUE EFETIVAMENTE SE VEJA QUALQUER POSSIBILIDADE DE MELHORIA AMBIENTAL
EFETIVA, DE CRIMINALIZAÇÃO DOS VERDADEIROS CULPADOS PELA
DEGRADAÇÃO, BEM COMO SE DELINEANDO CLARAMENTE TODOS OS
ERROS QUE FIZERAM SUCUMBIR A QUALIDADE AMBIENTAL DE TODO O RESTO DA
CIDADE DO RIO DE JANEIRO.
MAIS DO QUE UM RELATÓRIO, ESSE DOCUMENTO É UM ALERTA PARA
QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO DENTRO DE SUAS ATRIBUIÇÕES
LEGAIS, EXIJA DO PODER EXECUTIVO RESPEITO À LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL BEM COMO COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PARA COM OS RECURSOS
NATURAIS DE NOSSA CIDADE.
ALERTO AO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE NÃO SE DEIXE ENGANAR
POR FICTÍCIOS CRONOGRAMAS QUE SERÃO INVARIAVELMENTE DESRESPEITADOS
À CUSTA DE MILHARES DE METROS CÚBICOS DE ESGOTO IN NATURA
DESPEJADOS NO SISTEMA LAGUNAR DE JACAREPAGUÁ OU POR PROJETOS
MIRABOLANTES DE VALORES MILIONÁRIOS QUE DE NADA IRÃO AUXILIAR
DE FATO NA RECUPERAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS EM CLARO
PROCESSO DE EXAUSTÃO.
ALERTO AO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE O FUTURO CHEGOU E COM
ELE TODOS OS NOSSOS MAIORES TEMORES. NÃO HÁ MAIS TEMPO
PARA MALABARISMOS OU SHOWS DE PIROTECNIA POLÍTICA.
A CIDADE DO RIO DE JANEIRO SE CARACTERIZA PROGRESSIVAMENTE COMO UMA
CIDADE AMBIENTALMENTE FRAGMENTADA E DEGRADADA PELO COMPLETO DESGOVERNO
DE SEUS RECURSOS NATURAIS.
ESPERO QUE AS FOTOS EM ANEXO AJUDEM A UMA TOMADA DE DECISÃO DO
MP À ALTURA DA SITUAÇÃO.
AGRADECIDO PELA ATENÇÃO
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BIÓLOGO MARIO MOSCATELI
MSc. EM ECOLOGIA
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Ocupação quase que total da baixada voltada para o
maciço da Tijuca com intensa impermeabilização
do solo.
Detalhe da transformação dos cursos d'água em gigantescos
valões de esgoto à céu aberto, desaguando no sistema
lagunar da baixada de Jacarepaguá.
Lixões
se instalam sobre a cobertura vegetal residual arbórea nativa.
A
laguna de Jacarepaguá recebe doses contínuas de esgoto
in natura do arroio Pavuna, criando as condições
de desequilíbrio ambiental ideais para a proliferação
de gigogas e algas tóxicas.
Novas ocupações desordenadas se materializam, consolidando
o CAOS característico que historicamente tem arrasado ambientalmente
com a cidade do Rio de Janeiro por culpa exclusiva do poder público
que não tem políticas para os problemas que afligem a
população.
A
lagoinha das Taxas reinicia seu desaparecimento com a multiplicação
das gigogas que não foram removidas completamente pela SERLA
e portanto as mesmas vêm se multiplicando junto com algas tóxicas
nas condições ambientais ideais de desequilíbrio
geradas pelo poder público que não oferece saneamento
básico nem ordena o uso do solo, transformando a lagoinha das
Taxas numa gigantesca cloaca.
Detalhe do esgoto
proveniente se misturando com sedimentos, algas tóxicas e gigogas.
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