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Febre amarela

Febre amarela é uma doença viral que está voltando a preocupar as autoridades brasileiras. O vírus é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infectado.

Na maior parte dos casos, os sintomas incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas.

Febre amarela

 A febre amarela infecta apenas seres humanos, outros primatas e diversas espécies de mosquitos. Nas cidades é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Pode ser difícil distinguir a febre amarela de outras doenças, principalmente nos estádios iniciais. Para confirmar um caso suspeito, é necessário analisar o sangue através de reação em cadeia da polimerase.

No Brasil

Zika vírus prejudica células do cérebro fetal humano
Aedes aegypti. Zika vírus prejudica células do cérebro fetal humano

As localidades infestadas pelo Aedes aegypti, cerca de 3.600 municípios brasileiros, têm risco potencial da febre amarela. Em Boa Vista, no Estado de Roraima, e em Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, existem focos endêmicos nas áreas urbanas.

A maior quantidade de casos de transmissão da febre amarela no Brasil ocorre em regiões de cerrado. Porém, em todas as regiões (zonas rurais, regiões de cerrado, florestas) existem áreas endêmicas de transmissão das infecções.

Estas principalmente ocasionadas pelos mosquitos do gênero Haemagogus, e pela manutenção do ciclo dos vírus através da infecção de macacos e da transmissão transovariana no próprio mosquito.

No Brasil, os casos vinham diminuindo desde 2003, contudo, em 2008, houve um aumento sensível de casos no início do ano. No fim de 2007 e início de 2008, houve um aumento progressivo do número de casos de febre amarela. 

Recentemente vários casos da doença têm sido registrados na região leste do estado de Minas Gerais, onde as suspeitas de óbitos em seres humanos passam de 30 casos. A população local também relatou dezenas de casos de óbitos de macacos na região, o que confirma uma epidemia reconhecida pelo governo do estado de Minas Gerais. 

O Ministério da Saúde inaugurou nova linha de produção da vacina de febre amarela. A unidade vai ampliar capacidade de produção do insumo em 48 milhões de doses

Video: Esclarecimentos sobre a Febre amarela

vírus da Febre amarela
Eletromicrografia de transmissão do vírus da febre amarela

Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países exigem que os viajantes sejam vacinados. Entre outras medidas para prevenir a infeção, está a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem.

Em áreas onde a febre amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico antecipado e a vacinação de grande parte da população é essencial para prevenir surtos. O tratamento de pessoas infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes contra o vírus. A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte de metade das pessoas que não recebem tratamento.

Em cada ano, a febre amarela causa cerca de 200.000 infeções e 30.000 mortes, das quais cerca de 90% ocorrem na África. É comum nas regiões tropicais da América do Sul e de África, mas não na Ásia.

Desde a década de 1980 que o número de casos de febre amarela tem aumentado. Acredita-se que isto seja devido à diminuição do número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de viagens e às alterações climáticas. A doença teve origem na África, de onde se espalhou para a América do Sul através do comércio de escravos no século XVII.

Doenças transmitidas por mosquitos

Desde então que têm ocorrido vários surtos da doença na América, em África e na Europa. Nos séculos século XVIII e século XIX, a febre amarela era uma das mais perigosas doenças infecciosas. Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado.

sintomas

Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares (principalmente no abdômen e na lombar). A febre amarela caracteriza-se pela ocorrência de febre moderadamente elevada, náuseas, queda no ritmo cardíaco, fadiga e vômito com sangue. A diarreia também surge por vezes. A maioria dos casos são, assim, arcoptomáticos, manifestando-se com uma infecção subclínica, mas podendo se tornar grave e até fatal.

Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias. Em algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa, aparecem dores abdominais e as lesões no fígado causam icterícia. Quando isto ocorre, aumenta o risco de insuficiência renal.

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