BiodiversidadeComportamentoEcologia

Relações interespecíficas harmônicas

Relações interespecíficas harmônicas: É tocante quando observamos na natureza duas espécies diferentes se associando e, pelo menos uma delas, tirando vantagem com esta parceria e aumentando suas chances de sobrevivência, sem prejudicar a outra. 

É este tipo de relação ecológica que veremos nesse artigo. Algumas espécies se associaram de tal forma que dependem totalmente uma das outras para sobreviverem, como no mutualismo.

Relações interespecíficas harmônicas

Uma relação harmônica ocorre quando não há disputa entre as espécies, não havendo desvantagem para nenhuma delas. Relações interespecíficas são relações ecológicas que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes.

Simbiose ou mutualismo Relações interespecíficas harmônicas

Células de uma espécie de alga, Oophila amblystomatis vivem simbioticamente dentro das células de Ambystoma maculatum, desde que estes são apenas embriões. Esta relação simbiótica já era conhecida, mas pensava-se que as algas não entravam nas células do anfíbio. É o primeiro caso descrito de um organismo fotossintético a viver dentro de células de um vertebrado.
Uma espécie de alga, Oophila amblystomatis vive simbioticamente dentro das células de Ambystoma maculatum. Esta relação já era conhecida, mas pensava-se que as algas não entravam nas células do anfíbio. É o 1º caso descrito de um organismo fotossintético a viver dentro de células de um vertebrado.

A definição de simbiose tem variado entre os cientistas. Alguns defendem que o termo “simbiose” só deve referir-se a mutualismos persistentes, enquanto outros acharam que deve aplicar-se a qualquer tipo de interação biológica persistente (mutualismo, comensalismo, ou até relações parasitárias).

Todavia, dizemos hoje que o mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, em que ambos são beneficiados. A simbiose é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, em que ambos são beneficiados e em que ambos precisam um do outro para sobreviver. 

Um exemplo é a relação entre os cupins e a triconinfa. Os cupins, ao comerem a madeira, não conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os protozoários, ao digerirem a celulose, permitem que os cupins aproveitem essa substância como alimento. Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta de alimentos e como “residência” para os protozoários.

Protocooperação

Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver separadas, sem que isso as prejudique muito.

Um exemplo clássico de protocooperação é a associação entre a anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo, também conhecido como bernardo-eremita ou ermitão.

O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha, costumam

Protocooperação - Relações interespecíficas harmônicas
Peixe-palhaço e Anêmona. Protocooperação

instalar uma ou mais anêmonas do mar. Dessa união, surge o benefício mútuo: a anêmona possui células urticantes, que afugentam os predadores do paguro, e este, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em busca de alimento.

A anêmona também se associa ao Peixe-palhaço na protocooperação. As anêmonas fornecem proteção a esses peixes. Os peixes também beneficiam a anêmona fazendo limpeza e removendo parasitas.

Inquilinismo ou epifitismo

Bromélias não propagam a dengue
Bromélias não propagam a dengue

O inquilinismo (ou epifitismo no caso das plantas) é um tipo de associação em que apenas um dos participantes se beneficia, sem causar qualquer prejuízo ao outro. Nesse caso, a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda, suporte no corpo da espécie hospedeira, e é chamada de inquilino.

Um exemplo é a associação entre orquídeas e árvores. Vivendo no alto das árvores, que lhe servem de suporte, as orquídeas encontram condições ideais de luminosidade para o seu desenvolvimento, e a árvore não é prejudicada.

Comensalismo

Tubarão e rêmora. Comensalismo. Relações interespecíficas harmônicas
Tubarão e rêmora

O comensalismo é um tipo de associação entre indivíduos onde um deles se aproveita dos restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O ser vivo que se aproveita dos restos alimentares é denominado comensal, enquanto que o ser vivo que lhe proporciona esse alimento fácil é denominado anfitrião.

Alguns exemplos de comensalismo: A rêmora e o tubarão. A rêmora ou peixe-piolho é um peixe ósseo que apresenta a nadadeira dorsal transformada em ventosa, com a qual se fixa no ventre, próximo à boca do tubarão e é levada com ele.

Quando o tubarão estraçalha a carne de suas presas, muitos pedacinhos de carne se espalham pela água e a rêmora se alimenta desses restos alimentares produzidos pelas atividades do tubarão.

Comentários do Facebook