Muitos experts em política e ciências ocultas andam se perguntando como depois de tanta pouca vergonha quase que completamente descortinada em tempo real, ao vivo e a cores, onde só faltou mesmo foi escancarar de vez quem dava o ok para toda a promiscuidade com dinheiro público, como é que o cefalópode bem como outros potenciais postulantes ao poder máximo do executivo, podem continuar tendo tantas intenções de voto para a próxima eleição?

Segundo matéria de Demétrio Weber no O GLOBO página 13 de 26/04/06 “ Brasil fica em 126 no ranking de repetência escolar – Taxa de reprovação dos alunos no ensino fundamental é de 20%, segundo a Unesco, país fica atrás até do Haiti”. Lendo mais abaixo um quadro dos vinte piores, vejo que o Brasil divide sua posição rodeada para cima por Moçambique, Laos, Mali, Ruanda e abaixo dele por Eritréia, Nepal, Anguilla, Benin, Guiné Equatorial, Togo, Chade, Congo, São Tomé e Príncipe, Camarões, Comores, Burundi, Madagascar Mianmar e Gabão.

Pois bem, diante dessas duas informações eu clareio as trevas da incerteza que rodeiam meus pensamentos e ilumino uma amarga certeza, a certeza que em momento algum, na cabeça desses governantes promíscuos que temos espalhados por toda Pindorama, nunca vai se investir de fato em EDUCAÇÃO com todo o respeito que a matéria merece.

É claro que uma população bem educada, preparada para pensar, em hipótese alguma iria aceitar toda a farra que se vê sendo feita com os recursos públicos usados como lixo pelos que em teoria, deveriam ser os protetores dos ovos de ouro. Só que nos últimos quinhentos anos, só lobos foram colocados de uma forma ou de outra para cuidar desse galinheiro e nem as penas estão sobrando para contar a história.
Enquanto a UERJ morre de fome sem ter onde mais cortar custos, ou onde nenhum ou quase nenhum recurso é utilizado nos problemas ambientais que matam diariamente o Rio Paraíba do Sul, as Baías de Sepetiba e a de Guanabara, nosso mui profissional Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio dos já minguados recursos do FECAM, investe as migalhas que deveriam ser investidos no meio ambiente de fato em viadutos sob a alegação que com isso reduz-se a emissão de gases nocivos à saúde. Se for por esse raciocínio até remédio para gases (metano) eliminado por cidadãos flatulentos poderiam ser comprados com o dinheiro do FECAM visto que o metano também causa aquecimento global!

Também pelo rádio, ouvindo a CBN, recebi a notícia que nosso mui ecológico Governo do Estado do Rio de Janeiro, agora vai cobrar entrada bem como estacionamento de quem for visitar algumas das unidades de conservação sob sua tutela. Até aí tudo bem, se e somente se o dim-dim que for gerado nas unidades também for investido nas unidades bem como gerido por algum tipo de conselho gestor local. Se for para colocar a grana no bolso do saco sem fundo desse mesmo desgoverno que repassou sem licitação aproximadamente mais de 100 milhões de reais para entidades de fulano, cicrano e beltrano, aí não! Chega de inventar taxa, imposto para meter a mão no nosso bolso e distribuir para a “türma”!

Outro negócio que me chamou a atenção foi a parada da dragagem na Lagoa da Tijuca que já totaliza uns 20 dias. A draga estava posicionada junto de um banco de lama entre as ilhas das Garças e da Gigóia quando de um dia para o outro sumiu, como se tivesse sido abduzida! Alguns guaiamuns andam me contando que a draga, longe de ter sido seqüestrada por alienígenas interessados em invadir nossa cloaca planetária, foi mesmo removida em virtude de falta de pagamento! Enfim o que há de verdade mesmo é que a lama continua lá esperando para ser removida junto com os 4.5 milhões de lama e lixo, depositadas no resto da Lagoa da Tijuca e do carro jogado recentemente do estacionamento da Ilha dos Pescadores para dentro da mesma lagoa.

Por seu lado o governo federal com sua obsessão pelo tal assento no Comitê de Segurança da ONU, gasta milhões com tropas no Haiti de lá enquanto o Haiti daqui continua do jeito que todo político brasileiro gosta, faminto, abandonado, sem saneamento, ignorante, se metastasiando por todos os tecidos urbanos das metrópoles brasileiras.

Também não entendi essa história de criar a Estação Ecológica da Guanabara superposta a APA de Guapimirim. Ora a APA em seu zoneamento, caso exista e se não existe já devia existir, pode identificar áreas que sejam intocáveis e enquadrá-las como Zonas de Preservação da Vida Silvestre, não precisando criar mais um dispositivo legal somado já a tantos outros existentes e que invariavelmente no mar de fartura onde farta tudo praticamente de fato nada se gerencia. Mas salvo engano, é aquela velha historinha de factóides ambientais, com aquela antiga sensação que com mais leis, mais unidades, alguma coisa vai se salvar, enquanto falta de tudo nos órgãos ambientais, em processo contínuo de sucateamento.

Finalizando as gigogas da Baixada de Jacarepaguá andam “atônitas”, “super-animadas” com toda essa super-exposição nos meios de mídia. Já vi até algumas dando entrevistas enquanto o bendito saneamento da região continua como uma promessa que ainda não se concretizou e sinceramente não acredito que vá se concretizar da forma que o meio ambiente precisa, isto é, de maneira generalizada para toda a Baixada de Jacarepaguá. Paralelamente, a SERLA gasta uma pequena fortuna colhendo (gigogas) as quais a CEDAE plantou ou melhor vem adubando nos últimos 20-30 anos.

Enquanto ongs faturam sem licitação mais do que boca de fumo em final de semana com dinheiro público e “auturidadis caluniadas” entram em greve de fome, nós contribuintes poderíamos após esses quinhentos anos de estelionato oficial, onde os tributos são usados que nem caca, poderíamos começar a pensar em fazermos também uma greve, uma greve cívica de pagamentos pelos serviços que não recebemos, pagando-os em juízo, visto que depois de tudo que temos visto, praticamente ninguém foi ou será nos próximos dois anos devidamente ENCANADO!

Mudança para que as TREVAS se acabem, pode esquecer enquanto não houver de fato EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. No dia que isso acontecer, problemas de corrupção serão resolvidos com a devida competência e agilidade, políticos populistas e assistencialistas terão de mudar de profissão, o meio ambiente será defendido não apenas pelos “ambientalistas” mas por toda a população que vai perceber que nesse jogo, somos uma peça dispensável na história de nosso planeta TERRA.