Nesse pequeno planeta perdido num dos braços externos de nossa galáxia, no braço de Órion, a resistência da vida já foi testada inúmeras vezes desde seu ainda enigmático surgimento.
Alterações no eixo do planeta, congelamentos, desertificações, erupções vulcânicas planetárias, choques com rochas vindas do espaço, tudo sempre agindo como verdadeiros arrasa quarteirões, dizimando a biodiversidade “do pedaço” e dando espaço para novos “softwares orgânicos” serem testados nas novas condições ambientais existentes. Somem muitos para reaparecerem tantos outros completamente diferentes ou com alguma semelhança com aqueles que se foram. Tem sido assim a história da vida na Terra, um lugar aparentemente tranqüilo sob a modesta e míope ótica temporal e espacial humana onde na verdade a palavra que manda é mudança constante .
Há pouco tempo percebemos que a vida nesse planeta surge de um conjunto de fatores conjugados que parecem aquela situação onde se acerta a quina da loto, apostando em apenas seis números. A probabilidade é infinitamente reduzida, mas existe e foi nessa que esse pedaço de rocha, foi quase que digamos abençoado pela matéria que quer conhecer a matéria, vasculha-lá, principalmente quando nos referimos a espécie humana. A mesma que vasculha os confins do Universo, salva vidas, mas que pela fase de adolescência que ainda atravessa, também toma atitudes genocidas com as outras e com a própria espécie. Os motivos do genocídio são os mais variados possíveis, variando basicamente dos religiosos, étnicos e principalmente por trás de todos os possíveis e imagináveis, os econômicos.
Todo esse blá, blá é basicamente para dizer que segundo o que eu acompanho tanto em minha cidade como pelas notícias veiculadas pelas mídias, eu particularmente considero que a fatura da extinção em massa tão comentada já era. Vão continuar desaparecendo na velocidade de 1000 vezes acima do processo chamado de natural, espécies animais, vegetais, microorganismos, em decorrência das ações de natureza humana. Podem espernear quanto quiserem, pois a vaca está afundando no brejo, queiramos ou não e a grande maioria não está nem aí para o assunto, principalmente quando analisamos as ações concretas fora das conferências disso e daquilo. Se retórica salvasse alguma coisa, sem dúvida o planeta estaria com excesso de biodiversidade, exportando para outro planeta,pois fala-se muuuuuuuuuuuuuuuuito, dentro de casa, fora dela, na TV, no boteco da esquina mas a tal vontade social e política para as mudanças reais, ainda anda de férias no paraíso da economia e das bolsas de valores.
Mais uma vez me apoio para essa amarga conclusão é naquilo que eu vejo, não é o que me contam, e pelo que eu leio.
Dessa vez não foi nada de fora, fomos nós com nosso modelo de civilização baseada no tal atrativo e agradável consumismo é que vai continuar detonando com os mecanismos homeostáticos do planeta e que se danem as atuais gerações e as futuras. Essa é ainda nossa realidade prática. Muuuuuuuuuuuuuuita retórica mas ação que é boa, nada!
Diziam que as conseqüências das alterações climáticas seriam para daqui há cem anos e progressivamente as estimativas vêm baixando, sendo que em 2009 já li que a explosão da bomba pode ser para daqui há 15 ou 20 anos!
O que vai acontecer com o tamanho do prejuízo, conseqüências geopolíticas, o pentágono já alertava na segunda reeleição do presidente bancado pelas empresas petrolíferas era que a coisa ia ficar mais do que feia! O pior é que o tal estudo indicava alterações climáticas que “poderiam” gerar seca na Amazônia e intensificação de furacões no golfo do México. Não deu outra, Katrina destrói Nova Orleans e a Amazonia fica seca que nem o sertão.
Sabe-se lá mais o que glaciologistas e pesquisadores de ponta e demais agências de governo devem saber e ficam na moita, apenas agindo sem informar aos imbecis que vivem fora da realidade o que vem por aí.
O que fazemos com a vida do planeta não é nenhuma novidade por aqui. Simplesmente somos a força que no momento está exterminando o que consideramos descartável em nossa ótica de usar até acabar.
Cabe saber se nesse processo como vai ficar a espécie humana. Não tenho dúvida que vai ter gente que vai sobreviver e depois de acalmar a fúria de Gaia, talvez repensemos nossa relação com o planeta.
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