Qual solução para a perda de nossa Biodiversidade?
A degradação ambiental provocada pelas atividades do homem afeta as condições de sobrevivência das espécies, põe em risco as populações de plantas e consequentemente de animais presentes no ambiente. Os diferentes tipos de pressões que geramos sobre os recursos naturais destroem comunidades inteiras e tem implicações diretas sobre o equilíbrio dos ecossistemas mundiais.
A preservação ambiental somente tornou-se uma preocupação da humanidade após década de 70. O homem deixou de se considerar usuário da natureza e começou a entender seu papel como elemento atuante, passando a calcular a dimensão de suas ações e predizer os resultados de suas atividades sobre o futuro das condições ambientais.
Mas em que parcela da população humana?
No Brasil, já em 1965 o Código Florestal previa diversas sanções penais para os crimes contra o meio ambiente, e a partir de 1988 com a constituição teve consolidado o processo legal e institucional que defende sua preservação. A despeito disto, continua havendo um aumento da degradação de nossas florestas.
As maiores taxas de desmatamentos no Cerrado chegaram a uma média anual de 1,5%, o que representa uma perda anual de aproximadamente 3 milhões de hectares, neste ritmo, as projeções para o ano de 2030 é a perda total deste Bioma.
Para a Amazônia Legal brasileira, em 2008, 24.932 km2 de floresta foram degradadas. A taxa anual de corte raso para o período 2007/2008 foi de 11.968 km2, o que representa um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2006/2007.
Da Mata Atlântica como se sabe, ou finge-se não saber, restam menos de 5% da cobertura original.
O que é feito a respeito?
Outro dia ouvi de um morador de um lote situado na beira da Represa Billings São Bernardo do Campo SP, que estava ampliando sua área, só que tinha que ser de pouquinho senão a ambiental (Policia Ambiental) apareceria.
A humanidade, vias de regra, não é instruída a respeito dos mecanismos que regem a natureza e sua dinâmica, não utilizam estes conhecimentos como suportes para as estratégias de suas atividades econômicas e sociais, e julgam que os efeitos negativos gerados poderão ser remediados, ou mesmo que a natureza implantará um mecanismo auto-tamponante que anulará o dano que nós causamos.
Há tempos ouvimos sobre políticas de conservação, desenvolvimento integrado à proteção dos recursos naturais, o famoso desenvolvimento sustentável. Mas será que a solução é a constituição de um fundo voltado para a recuperação de áreas degradadas, ou a manutenção de áreas de conservação, ou mesmo a proteção de mananciais por meio de fiscalização?
E a educação?
Um exemplo simples: Nossas crianças sabem o que é o Cerrado?
Mais simples: Sabem por que a cobra existe? Qual seu papel na Natureza?
“Enquanto não se sabe a importância, não se sente à perda”.
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