início bocadomangue Mario Moscatelli

A EXPLICAÇÃO

Não é preciso ser expert em educação ou ter acesso aos estudos sobre a matéria para ter, pelo menos de leve, aquela clara sensação que as coisas nesse país, digo colônia, vão do jeito que vão por falta de educação de qualidade.

Mas para não dizerem que sou ignorante e implicante com o “puder púbico” ou também conhecido como pútrido, recente estudo intitulado “O Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2006”, elaborado pela Organização dos Estados Ibero americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), indicou que, numa população de 35,5 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, somente 3,4 por cento são analfabetos. No entanto, a qualidade da educação do Brasil está entre as três piores do globo, ao lado da Indonésia e a Tunísia, segundo um estudo feito entre 41 países em 2003 e citado pela pesquisa da OEI. A conclusão é que boa parte dos avanços quantitativos experimentados nos últimos anos está sendo comprometida pelos gargalos qualitativos do sistema educacional brasileiro, afirmou o estudo (Jornal do Brasil-21/12/2006).


Toda essa informação me remete a uma anterior onde se relata que 73% dos brasileiros, digo colonos, são tecnicamente analfabetos, isto é, lêem mas não sabem o que estão lendo, não conseguem interpretar as idéias contidas no texto e portanto, muito provavelmente devem ter dificuldades monumentais para expressá-las de forma correta.

Nenhuma novidade visto que, um dos postulantes ao cargo de presidente da colônia, afirmava que a mãe de todas as desgraças dessa terra, vive nas pústulas da ignorância, a qual boa parte dos tecnicamente analfabetos é condenada pela classe política brasileira.

Destaca-se que é do interesse dessa corja administradora da colônia, salvo raras exceções, que esse estado de coisa permaneça indefinidamente do jeito que está há quatrocentos anos, mesmo sob o risco de afundar o futuro não apenas dos analfabetos como de toda a nação.

Fruto dessa intencional política de idiotização secular da “sociedade”, mantendo-a sob o cabresto de políticas assistencialistas sem perspectiva de ensinar a pescar o peixe é o resultado da miséria humana que observo em todo lugar por onde ando.

Só que tem mais uma coisa bastante maquiavélica. Lendo o texto de articulista do Jornal O Globo e associando-o ao capítulo III “A vingança dos Siths” da saga Star Wars, todos que viram o filme, devem lembrar que toda a guerra dos clones e as ações dos separatistas, nada mais foi o resultado intencional do lado sombrio da Força, isto é, dos Siths, para enfraquecer a república, a democracia, os Jedais e consequentemente tomar e exercer o poder de forma totalitária, dentro das conveniências de um parlamento quase que completamente corrompido. Também deve ser lembrado que no filme quem poderia trazer equilíbrio para a Força, acabou sendo seduzido pelo lado sombrio e acabou dando no que deu.

A EXPLICAÇÃO

Os paralelos com nossa situação política são muito claros, onde, acredito eu, intencionalmente por meio da ignorância que elege a grande maioria dos políticos safados, progressivamente desmoraliza-se um dos poderes da república, bem como em efeito cascata coloca-se em confronto esse com outros poderes tão ou mais corrompidos que o primeiro. Enquanto isso, no último terceiro poder, a simpatia das massas e do assistencialismo, onde 73% ou coisa que o valha, acham que a atual administração está uma “belezura” é o coroamento do processo que induz a concentração do poder num produzido pai dos pobres e guia das massas.

Enquanto isso numa republiqueta ao norte, outro pai dos pobres, sentado em barris de petróleo, centraliza o poder, recebe poderes quase ditatoriais do congresso, distribui ajuda “humanitária” e estende seus tentáculos em direção a outras nações do continente, tudo em nome da “liberdade e da justiça social”.

Sei não, já li e vi esse filme antes e a coisa acaba sempre mal, principalmente onde a ignorância e a fome são na prática a mãe de todas as misérias ambientais e humanas.

Mario Moscatelli - Biólogo - moscatelli@biologo.com.br

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