"O MAIOR EVENTO DAS AMÉRICAS” NO PAÍS DO FAZ DE CONTA
No
dia 24 de março de 2007, totalizando 111 dias para “o maior
evento das Américas”, o jornal O GLOBO informa em sua coluna
CONDIÇÕES DAS PRAIAS: do quebra-mar, passando pelo Pepê
e indo até o meio da praia da Barra o mar é considerado
IMPRÓPRIO para o banho!.
Dando minha colaboração PRÓ-ATIVA, como os políticos tanto gostam de falar em seus discursos, chamo a atenção que mais uma vez a calha do arroio Fundo, está reduzída a coisa de 10% de sua largura normal em resposta ao crescimento da vegetação de suas margens que acabou engolindo o arroio. Informa-se que, se algum dia chover forte, e a situação estiver do jeito que está, teremos provavelmente problemas sérios de drenagem, visto que a ponte junto com a vegetação, carregada pelas chuvas, poderão criar um dique e aí quem estiver acima da ponte, prepare-se com galochas e bóias! Não fosse só isso, no dia 25 de março de 2007, a autoridade máxima do executivo municipal, informa que existem poucas probabilidades da estação de tratamento de esgoto do arroio Fundo estar pronta para os jogos do Pan, Pan, Pan. No entanto, a mesma autoridade “argumenta ter disponíveis produtos para combater o mau cheiro”. Aí surgem lembranças de minha adolescência, como àquelas associadas às grandes mortandades de peixes na Lagoa, quando para despistar o futum, carros da prefeitura espalhavam perfume pelo ar! Também vêm questões tais como: Que produtos são esses, os quais estão sendo indicados como aquela nossa velha solução quebra-galho? Qual a interação da mesma com nosso já degradado 1/40 de ambiente local? Onde já foram usados esses produtos e quanto vai custar ao contribuinte mais esse quebra-galho? Qual é a garantia que a autoridade máxima do executivo municipal vai dar ao contribuinte carioca que essa estação mesmo após os jogos será de fato construída? Tenho convicção que está mais do que na hora do Ministério Público Federal e ou Estadual entrarem na história, visando de fato amarrar esses recursos federais à construção dessa obra, pois depois dos jogos, sabe-se lá onde vai parar esse dinheiro! Finalizando,
acho que vou faturar um troco em julho, vendendo máscaras de
oxigênio para os atletas que em breve chegarão a nossa
cidade, visto que o futúncio que saí do arroio Fundo durante
o dia e a noite, dificilmente alguém vai agüentar dormir
na vila do Pan, Pan, Pan, com ou sem produtos que combatam o dito futúncio. |
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Mario Moscatelli - Biólogo - moscatelli@biologo.com.br |
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