Meio Ambiente bocadomangue Mario Moscatelli

"O MAIOR EVENTO DAS AMÉRICAS” NO PAÍS DO FAZ DE CONTA

No dia 24 de março de 2007, totalizando 111 dias para “o maior evento das Américas”, o jornal O GLOBO informa em sua coluna CONDIÇÕES DAS PRAIAS: do quebra-mar, passando pelo Pepê e indo até o meio da praia da Barra o mar é considerado IMPRÓPRIO para o banho!.

QUE MA-RA-VI-LHA!!!!!!

Estamos conseguindo destruir a última grande extensão de praia que ainda prestava em nossa cidade!!!!!!

Taí, não há lugar no UNIVERSO melhor que o Brasil para ser "administrador" "púbico", isto é, a “auturidadi” acaba ou ajudar a acabar com a qualidade ambiental de uma cidade inteira, ou melhor, de boa parte do estado, visto que não entende p. nenhuma desse assunto de 1/5 de ambiente, reduz democraticamente a verba destinada ao tal 1/10 de ambiente, com a ajuda de seus aliados da assembléia legislativa, usa o que sobrou do dinheiro do 1/20 de ambiente em atividades diversas, investe o dinheiro público em ongs de mentirinha, inaugura obras que não funcionam, banca mega eventos, sem se comprometer com cronogramas, promete e não faz quase NADA que se comprometeu para o tal evento, e finalmente cobra os tubos de um bando de vacas de presépio para bancar essa bacanal geral com o dinheiro que não é seu, e sim de cada otário, digo contribuinte que quando tem que pagar é considerado cidadão sueco, mas na hora de receber os serviços muito bem pagos, aí sua cidadania passa a ser haitiana!

Enfim coroando tamanho volume de cagadas ativas e passivas, aos poucos estamos chegando aos trancos e barrancos ao tal "maior evento das Américas". Olho para baixo e só vejo lixo, esgoto e seringas, muitas seringas, remédios variados, muitos com lote e data de validade vencendo agora em março de 2007 e desde a primeira denúncia em dezembro de 2006 encaminhada à delegacia de 1/2 de ambiente, até agora não se sabe de onde vieram aquelas, bem como as seringas e remédios mais recentes, entregues pessoalmente ao secretário de ambiente do Estado, no último dia 19 de março de 2007.

O MAIOR EVENTO DAS AMÉRICAS

Dando minha colaboração PRÓ-ATIVA, como os políticos tanto gostam de falar em seus discursos, chamo a atenção que mais uma vez a calha do arroio Fundo, está reduzída a coisa de 10% de sua largura normal em resposta ao crescimento da vegetação de suas margens que acabou engolindo o arroio. Informa-se que, se algum dia chover forte, e a situação estiver do jeito que está, teremos provavelmente problemas sérios de drenagem, visto que a ponte junto com a vegetação, carregada pelas chuvas, poderão criar um dique e aí quem estiver acima da ponte, prepare-se com galochas e bóias!

Não fosse só isso, no dia 25 de março de 2007, a autoridade máxima do executivo municipal, informa que existem poucas probabilidades da estação de tratamento de esgoto do arroio Fundo estar pronta para os jogos do Pan, Pan, Pan. No entanto, a mesma autoridade “argumenta ter disponíveis produtos para combater o mau cheiro”. Aí surgem lembranças de minha adolescência, como àquelas associadas às grandes mortandades de peixes na Lagoa, quando para despistar o futum, carros da prefeitura espalhavam perfume pelo ar! Também vêm questões tais como: Que produtos são esses, os quais estão sendo indicados como aquela nossa velha solução quebra-galho? Qual a interação da mesma com nosso já degradado 1/40 de ambiente local? Onde já foram usados esses produtos e quanto vai custar ao contribuinte mais esse quebra-galho? Qual é a garantia que a autoridade máxima do executivo municipal vai dar ao contribuinte carioca que essa estação mesmo após os jogos será de fato construída? Tenho convicção que está mais do que na hora do Ministério Público Federal e ou Estadual entrarem na história, visando de fato amarrar esses recursos federais à construção dessa obra, pois depois dos jogos, sabe-se lá onde vai parar esse dinheiro!

Finalizando, acho que vou faturar um troco em julho, vendendo máscaras de oxigênio para os atletas que em breve chegarão a nossa cidade, visto que o futúncio que saí do arroio Fundo durante o dia e a noite, dificilmente alguém vai agüentar dormir na vila do Pan, Pan, Pan, com ou sem produtos que combatam o dito futúncio.
Se não fosse tão triste, seria patético!

Se não fosse no Brasil, teria muita “auturidadi” preocupada, tendo de dar explicação pela gastança, que segundo os meios de comunicação, foram aproximadamente dez vezes acima do previsto. Eta, pessoalzinho ruim de conta! Mas fiquem calmas “auturidadis”, isso aqui é Brasil e portanto podem deitar e rolar pois não vai “pegar nada” para vocês, como de praxe.

Mario Moscatelli - Biólogo - moscatelli@biologo.com.br

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