Biólogo

Biopirataria

Biopirataria consiste na apropriação indevida de recursos diversos da fauna e flora, levando à monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso desses recursos.

Em outras palavras, biopirataria é a exploração, manipulação, exportação ou comercialização internacional de recursos biológicos que constam nas normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.

Biopirataria

De modo geral, biopirataria significa a apropriação de conhecimento e de recursos genéticos de comunidades de agricultores e comunidades indígenas por indivíduos ou por instituições que procuram o controle exclusivo do monopólio sobre estes recursos e conhecimentos.

by Max Pixel

O termo “biopirataria” foi lançado em 1993 pela ONG RAFI (hoje ETC-Group) para alertar sobre o fato do conhecimento tradicional e dos recursos biológicos estarem sendo apanhados e patenteados por empresas multinacionais e instituições científicas.

Tais comunidades, que geraram estes conhecimentos fazendo uso destes recursos ao longo dos séculos, estão sendo lesadas por não participarem dos lucros produzidos pelas multinacionais.

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O termo não se refere apenas ao contrabando de diversas espécies naturais da flora e da fauna, desmatamento, apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no âmbito do uso dos recursos naturais. Estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos.

Biopirata

Os biopiratas geralmente se fazem passar por turistas ou biólogos, portando passaporte e em alguns casos, com aval governamental.

Todavia, sempre com intenções bem definidas, como a exploração e o tráfico de mudas, sementes, insetos, e toda a sorte de interesses na biodiversidade. Biopiratas procuram pessoas para orientá-los, como índios, madeireiros ou camponeses pelo fato de conhecerem as riquezas da natureza local.

Biopirataria no Brasil

Açaí, fruto da palmeira Euterpe oleracea, da região amazônica, teve seu nome registrado no Japão em 2003. Devido a pressão de ongs da Amazônia, o governo japonês cancelou a patente. By Vihelik

A biopirataria no Brasil começou logo após o seu descobrimento pelos portugueses em 1500, quando estes iniciaram a exploração do pau-brasil.

Outro caso de biopirataria foi o contrabando de 70 000 sementes da árvore de seringueira, Hevea brasiliensis, da região de Santarém, no Pará, no ano de 1876, pelo inglês Henry Wickham.

As sementes foram contrabandeadas para o Royal Botanic Garden, em Londres e daí, após seleção genética, levadas para a Malásia, África e outras destinações tropicais. Após algumas décadas, a Malásia passou a ser o principal exportador mundial de látex, prejudicando economicamente o Brasil

Dos animais silvestres comercializados no Brasil, estima-se que 30% sejam exportados. Grande parte da fauna silvestre é contrabandeada diretamente para países vizinhos, através das fronteiras fluviais e secas. Destes países fronteiriços seguem para países do primeiro mundo.

Infelizmente, a lei brasileira é omissa quanto aos animais originários de outros países, os chamados “animais exóticos”. Apesar de estarem sujeitos aos mesmos problemas, sua importação e manutenção em cativeiro não é proibida. Ainda há o risco adicional destes animais escaparem e competirem com espécies locais, colocando em risco o delicado equilíbrio entre espécies.

Algumas espécies brasileiras patenteadas por empresas estrangeiras

fonte: Wikipedia.org

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