O tamanduá-bandeira é um mamífero da família dos mirmecofagídeos, encontrado na América Central e na América do Sul.
O Tamanduá-bandeira
Myrmecophaga tridactyla
É o maior representante da família Myrmecophagidae, tendo entre 1,8 m e 2,1 m de comprimento e 41 kg de peso. Aas fêmeas são um pouco menores, pesando até 39 kg.
O tamanduá-bandeira também possui uma temperatura corporal baixa para um mamífero, cerca de 33 °C.
Ao contrário do que sugere o nome científico, possuem cinco dedos, entretanto, quatro dedos nas patas anteriores possuem garras, que são particularmente alongadas em três dedos.
Iurumi, jurumim, tamanduá-açu, tamanduá-cavalo e papa-formigas-gigante são alguns dos outros nomes do animal.
Características
O crânio é alongado, chegando a 30 cm de comprimento. Os olhos e as orelhas são pequenos em relação ao tamanho da cabeça, e possuem a visão e a audição precárias. O olfato é desenvolvido se comparado ao dos humanos, sendo até 40 vezes mais apurado. Podem viver até 25 anos em cativeiro.
É encontrado em diversos tipos de ambientes, desde savanas a florestas e, principalmente, em campos abertos. Apesar disso, ainda são dependentes de ambientes florestados, pois utilizam a sombra das árvores como forma de compensar sua habilidade termorregulatória relativamente precária.
É possível encontrá-los em áreas cultivadas, como em culturas de Pinus e Acacia, embora isso se dê de forma eventual.
Comportamento: tamanduá-bandeira
São geralmente solitários, ocupando áreas de até 11,9 km² (como mostrado em estudos feitos com animais monitorados no Pantanal) mas geralmente, seus territórios são menores do que isso. A área de vida de vários tamanduás pode se sobrepor, aumentando a densidade por km². Apesar de serem mais ativos no fim da tarde, podem iniciar suas atividades mais cedo, e serem totalmente diurnos em dias mais frios. Podem se tornar noturnos em ambientes mais perturbados pelo homem.
Tamanduás são capazes de nadar, inclusive, em rios amplos, e já foram observados se banhando. Também escalam árvores quando estão à procura de alimento. Não cavam túneis, e para descansar podem cavar pequenas depressões no solo. Costumam dormir curvados, usando a cauda como um manto, provavelmente para se proteger do frio e como camuflagem.
As vocalizações são poucas e o tamanduá adulto é tido como um animal silencioso. Foi reportada a emissão de sons parecidos com rugidos em encontros agonísticos entre machos e o filhote emite assobios agudos para se manter em contato com a mãe.
Conservação do tamanduá-bandeira
Eventualmente, a onça-pintada e a suçuarana são predadores dos tamanduás (até 3,2 % dos animais abatidos pela onça-pintada são tamanduás, como observado no Pantanal), que geralmente fogem desses felinos, mas podem atacá-los com as garras caso estejam acuados. Aves de rapina podem predar filhotes.
O tamanduá-bandeira é listado como “vulnerável” pela IUCN. Foi extinto em algumas partes de sua distribuição geográfica, como no Uruguai, e corre grande risco de extinção na América Central.
As principais ameaças à sobrevivência da espécie são a caça e a destruição do habitat, e é um animal suscetível a ser atingido fatalmente por incêndios e atropelamentos. Apesar do risco de extinção, pode ser encontrado em inúmeras unidades de conservação, onde muitas vezes é abundante.