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O novo primata brasileiro

O novo primata brasileiro: a fantástica biodiversidade brasileira costuma brindar os biólogos com o surgimento de novas espécies registradas. Eis então o novo mamífero, o sagui-de-Schneider (M. schneideri).artigo original www.biologo.com.br

O novo primata brasileiro, espécie endêmica do Mato Grosso

1/9/2021 ::  Por Josué Fontana

Pesquisadores da UFMT publicaram na Scientific Reports, periódico da Nature, um artigo que descreve uma nova espécie de sagui da Amazônia, o sagui-de-Schneider (M. schneideri).

M. schneideri - Saguis de Schneider
a. Fêmea adulta; b. Macho adulto. © Rodrigo Costa Araújo

O novo primata foi apresentado pelo pesquisador Rodrigo Costa Araújo, juntamente com diversos cientistas colaboradores, brasileiros e internacionais. A publicação só foi possível graças ao cuidadoso estudo em seis anos de trabalho.

Sagui-de-Schneider (M. schneideri)

O nome que os biólogos escolheram para a nova espécie é uma homenagem ao professor Horácio Schneider, primatólogo brasileiro falecido em 2018, que se destacou no estudo da evolução e classificação de primatas.

O primata já era conhecido, mas era incorretamente identificado como outro sagui, o Mico emiliae. O estudo mostrou que se trata de uma espécie geneticamente distinta. A confusão já ocorreu com outras espécies próximas, como o Mico marcai e o Mico rondoni, que também foram confundidos com o Mico emiliae. Na verdade, além da diferença genética, cada uma dessas espécies fica em um local diverso.

“(…) é uma alegria enorme contribuir para conhecer as espécies de primatas no Brasil, o que representa o primeiro passo para sua proteção.” — Rodrigo Costa Araújo
O novo primata brasileiro - Sagui-de-Schneider
Sagui-de-Schneider. foto: Rodrigo Costa Araújo

O M. schneideri é uma espécie endêmica da floresta amazônica do Estado de Mato Grosso, mais especificamente no interflúvio das bacias dos rios Juruena e Teles Pires. O animal exibe uma pelagem prateada no dorso, com tons alaranjados na região ventral.

A espécie foi descoberta com base em uma abordagem integrativa em taxonomia, fazendo uso de informações sobre coloração da pelagem, relações filogenômicas e distribuição geográfica, produzidas com extenso trabalho.

Fontes e referências:
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