Leishmaniose é uma doença causada por protozoário parasita do gênero Leishmania e disseminada pela picada de certos tipos de flebotomíneos.
Na América Latina, a doença já foi encontrada em pelo menos 12 países, sendo que 90% dos casos ocorrem no Brasil, especialmente na região Nordeste, que possui o maior número de notificações: 1.634 casos registrados em 2007.
Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença que já existia desde tempos pré-históricos e que existe até hoje na maior parte do mundo.
A grande maioria dos casos de Leishmaniose visceral ocorrem no Brasil, Bangladesh, Índia ou Sudão. A maioria dos casos de leishmaniose mucocutânea ocorre no Brasil, Bolívia ou Peru. E a maioria dos casos de leishmaniose cutânea ocorrem no Brasil, Afeganistão, Irã, Peru, Arábia Saudita ou Síria. Mais de 90% dos casos ocorrem nesses países, sendo o Brasil o único a reunir grandes números de casos dos 3 tipos de leishmaniose.
A doença pode se apresentar de três maneiras: leishmaniose cutânea, mucocutânea ou visceral. A forma cutânea apresenta úlceras dérmicas, enquanto a forma mucocutânea apresenta úlceras na pele, boca, nariz; a forma visceral começam com úlceras dérmicas e, posteriormente, febre, número reduzido de hemácias e baço e fígado aumentados.
As infecções em seres humanos são causadas por mais de 20 espécies de Leishmania. Dentre os fatores de risco estão: pobreza, desnutrição, desmatamento e urbanização. Todo os três tipos podem ser diagnosticados mediante exame do parasita em microscópio. Além disso, o diagnóstico da forma visceral pode ser feito por meio de exames de sangue.
Prevenção e tratamento
A prevenção parcial da leishmaniose se dá dormindo embaixo de cortinados tratados com inseticida. Outras medidas são borrifar inseticida para matar os flebotomíneos e tratar os portadores da doença assim que possível para impedir disseminação mais ampla.
O tratamento necessário é determinado pelo local onde a doença é adquirida, a espécie de Leishmania e o tipo de infecção. Alguns possíveis medicamentos usados para a doença visceuma combinação de antimoniais pentavalentes e paromomicina, e miltefosina. Para a doença cutânea, paromomina, fluconazola ou pentamidina podem ser eficazes.
Números
No presente, aproximadamente 12 milhões de pessoas estão infectadas em cerca de 98 países. A cada ano, há e ocorrem entre 20 e 50 mil óbitos. Aproximadamente 200 milhões de pessoas na Ásia, África, América Central e do Sul e Europa meridional habitam áreas onde a doença é comum. A Organização Mundial da Saúde conseguiu descontos em alguns medicamentos para tratar a doença. A doença pode ocorrer em outros animais, como cães.
As leishmania são protozoários parasitas de células fagocitárias de mamíferos, especialmente de macrófagos. São capazes de resistir à destruição após a fagocitose. As formas promastigotas (infecciosas) são alongadas e possuem um flagelo locomotor anterior, que utilizam nas fases extracelulares do seu ciclo de vida. O amastigota (intra-celular) não tem flagelo.
Espécies
Há cerca de 30 espécies patogênicas para o ser humano (CDC). As mais importantes são:
As espécies L. donovani, L. infantum infantum, e L. infantum chagasi que podem produzir a leishmaniose visceral, mas, em casos leves, apenas manifestações cutâneas.
As espécies L. major, L. tropica, L. aethiopica, L. mexicana, L. braziliensis, L. amazonensis e L. peruviana que produzem a leishmaniose cutânea ou, no caso de L. braziliensis e L. peruviana, a mais grave, mucocutânea.