Cerrado: O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e é considerado como um hotspot mundial de biodiversidade.
Apresenta grande número de espécies endêmicas e sofre uma preocupante perda de habitat. Grande parte do Cerrado já foi destruído, em especial para a instalação de cidades e plantações, o que o torna muito mais ameaçado do que a Amazônia, por exemplo.
O Bioma Cerrado
Pouco afetado até a década de 1960, está desde então cada vez mais ameaçado, principalmente os cerradões, seja pela instalação de cidades e rodovias, seja pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira.
As frequentes queimadas são outra ameaça, facilitadas devido às altas temperaturas e baixa umidade. (Saiba mais em Fogo no cerrado)
O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km² (cerca de 22% do território nacional), abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal.
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana.
Cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, o Cerrado tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade.
Biodiversidade
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas.
Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, e a rica avifauna compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes (1200 espécies), répteis (180 espécies) e anfíbios (150 espécies) são elevados. O número de peixes endêmicos não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%, respectivamente.
Fauna
O Bioma apresenta grande variedade de animais em todos os ambientes. No ambiente são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies de animais.
Apresenta aproximadamente 837 espécies de aves, 150 de anfíbios (das quais 45 são endêmicas), 120 espécies de répteis (das quais 40 são endêmicas). Apenas no Distrito Federal há 90 espécies de cupins, 1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e vespas.
De acordo com estimativas, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos.
Dentre as espécies que correm risco de desaparecer estão o tamanduá-bandeira, a anta, o lobo-guará, o pato-mergulhão, o falcão-de-peito-vermelho, o tatu-bola, o tatu-canastra, o cervo-do-pantanal, o cachorro-vinagre, a onça-pintada, a ariranha e a lontra.
Flora
A flora desse Bioma tem cerca de 7.000 espécies de plantas, das quais 4.000 seriam endêmicas. A cobertura vegetal é a segunda maior do Brasil, abrangendo uma área de 20% do território nacional.
As árvores mais altas do Bioma chegam a 15 metros de altura e formam estruturas irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25 metros e possuem normalmente folhas pequenas.
Nos chapadões arenosos e nos quentes campos rupestres estão os mais exuberantes e exóticos cactos, bromeliáceas e orquídeas, contando com centenas de espécies endêmicas. E ainda existem espécies desconhecidas, que devido à ação do homem podem ser destruídas antes mesmo de serem catalogadas.
O biólogo Fernando Tatagiba elaborou um banco de dados com algumas das espécies mais representativas do Bioma, confira no link Plantas do Cerrado.
Apesar do reconhecimento de sua importância ambiental, o Cerrado é o Bioma que possui a menor porcentagem de áreas sobre protegidas. Se nada for feito, muitas espécies serão extintas até o final desta década.
Fontes: mma.gov.br e Wikipédia.org