Mitos e verdades da Febre Amarela: O Brasil tem tido muitas dificuldades em lidar com a febre amarela, dengue e Chikungunya.
A falta de informação ou os conhecimentos equivocados são um dos maiores problemas com as doenças transmitidas por mosquitos. Confira neste infográfico preparado pela Clínica Sadeb o que é verdade e o que é mito sobre a febre amarela.
Mitos e verdades da Febre Amarela
Todos os anos o Brasil fica em alerta com febre amarela, além da dengue e Chikungunya.
Muita gente não sabe exatamente quais são os sintomas e como ela é transmitida, e isso acaba gerando muita confusão e atrapalhando o tratamento correto.
Ela é transmitida pelo mosquito, e pode ser de dois tipos: urbana e silvestre, sendo esse segundo o tipo encontrado no Brasil atualmente.
A FEBRE AMARELA NO BRASIL
Pesquisas indicam que a febre amarela surgiu na África, há cerca de 3 mil anos e chegou no Brasil através dos navios que traziam escravos para trabalhar em minas e lavouras.
O Brasil convive há anos com essa doença, há registros da mesma desde o século XVII. O primeiro caso registrado, datado de 1685, desencadeou um surto de 10 anos. Foram feitas intensas campanhas de higienização e tratamentos alternativos, como as sangrias, que tinham várias aplicações na época.
Depois do surto, a doença ”sumiu” por 150 anos e depois apareceu em meados de 1850.
Já no final dos anos 30 surgiram as primeiras vacinas e, em 1939, a vacina definitiva, que extinguiu, em 1942, os casos de febre amarela urbana.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
Os casos leves causam febre, dor de cabeça, náuseas e vômito. Os casos graves podem causar doenças cardíacas, hepáticas e renais fatais.
A doença precisa de um vetor transmissor, no caso, o mosquito, e um hospedeiro, no caso da febre amarela silvestre que temos atualmente no Brasil, os macacos, especialmente os do gênero Alouatta, os bugios. O humano adquire a doença quando adentra uma área silvestre e é picado pelo mosquito contaminado.
Na febre amarela urbana (erradicada no Brasil), é possível ser contaminado se o mosquito picar alguém infectado e em seguida picar você.
Mitos e verdades da Febre Amarela
É TRANSMITIDO DE PESSOA PARA PESSOA
Mito. A doença é transmitida pelo seu vetor, no caso, o mosquito. Portanto, não é possível pegá-la de outra pessoa.
A DOENÇA É TRANSMITIDA PELO MACACO
Mito. Não é possível pegar a doença do macaco, muito pelo contrário, eles são tão afetados quanto nós, levando-os a morte.
EXISTEM DOIS TIPOS DA DOENÇA
Verdade. Como foi citado anteriormente, existem dois ciclos: o urbano e o silvestre. Porém, no Brasil, o último caso de febre amarela urbana foi registrado em 1942.
USAR REPELENTE PREVINE A DOENÇA
Falso. Passar repelente não significa que você não terá a doença, apenas ajudará a que você não esteja tão exposto à ação dos mosquitos. Isso não quer dizer que não deve se vacinar.
ALGUMAS PESSOAS NÃO PRECISAM SER VACINADAS
Verdade. Como, no Brasil, nossos casos são de febre amarela silvestre, pessoas que não moram em áreas silvestres (áreas de risco) e/ou não viajam para essas determinadas áreas não precisam ser vacinadas.
QUANTO MAIS VACINAS MELHOR
Mito. As vacinas já são produzidas nas doses corretas para sua eficácia. Tomar a vacina mais de uma vez não o deixará mais imunizado, e ainda vai tirar a dose de alguém que precisa realmente.
IDOSOS NÃO PODEM SER VACINADOS
Mito. Idosos podem e devem ser vacinados, mas é necessária a avaliação de saúde em dia para evitar qualquer complicação.
Fontes: – Clínica Sadeb
- https://noticias.bol.uol.com.br/bol-listas/7-mitos-e-verdades-sobre-a-febre-amarela.htm
- https://g1.globo.com/bemestar/noticia/febre-amarela-e-registrada-no-brasil-desde-o-seculo-xvii-fotos-mostram-luta-contra-a-doenca-no-passado.ghtml
- https://www.biologiatotal.com.br/blog/tudo-sobre-a-febre-amarela.html