Órgãos dos sentidos
Visão
Alguns
cientistas crêem que, como muitos outros peixes, os tubarões
são míopes, estando a sua visão adaptada apenas
para distâncias entre 2 e 3 metros, embora possa ser utilizada
para distâncias de até 15 m com um menor grau de definição.
Contrastando com essa informação, outros pesquisadores
acreditam que a lente dos tubarões está fortemente suspensa
por um ligamento dorsal, e fica normalmente fixada para a visão
à distância; para a visão próxima ela é
movida para frente pela tração de um pequeno músculo
protrator, fixo à lente.
A
abertura pupilar varia de circular a oval quando aberta. Na luz brilhante
a pupila pode ser apenas um pequeno círculo ou fenda, que pode
ser vertical ou horizontal. O seu olho possui uma camada reflectiva,
a qual permite um aproveitamento superior da luminosidade em locais
com pouca luz, como as águas turvas ou profundas e à noite.
Olfato
O
seu olfato é extremamente apurado, permitindo-lhes identificar
substâncias bastante diluídas na água, como concentrações
de sangue abaixo de 1 parte por milhão - o que equivale a perceberem
uma gota de sangue a 300 m de distância em pleno oceano. Deste
fato, advém o fato de já terem sido designados como narizes
nadadores. Quando detectam o cheiro de sangue ou de corpos em decomposição,
facilmente encontram o local de origem, utilizando principalmente o
seu olfato (ou a visão para distâncias inferiores a 15
m).
Audição
A
sua grande sensibilidade às vibrações, provoca
comportamentos semelhantes. O seu ouvido interno, responsável
pelo equilíbrio e detecção das vibrações
de baixa frequência, situa-se postero-superiormente ao olho. Possui
três canais semicirculares e detecta vibrações a
longas distâncias, podendo o tubarão se aperceber do som
de um peixe a debater-se a uma distância de 250 a 600 m. Em conjunto
com o olfato, esta sensibilidade às vibrações,
são os primeiros mecanismos utilizados na detecção
de potencial alimentação. Uma vibração desconhecida,
tanto pode provocar curiosidade como medo ao tubarão.
Linha
lateral
As linhas laterais são vitais para a sobrevivência
desses animais nos oceanos.
As
suas linhas laterais são também capazes de captar vibrações
de média e baixas frequências, correntes, mudanças
na temperatura e pressão da água, assim como localizar
obstáculos e alimentos em águas turvas. Do mesmo modo,
pode também detectar, pela turbulência causada, a aproximação
de um inimigo de grande porte.
Ampolas
de Lorenzini
A
cabeça, especialmente ao redor do focinho, apresenta pequenos
poros, denominados ampolas de Lorenzini. Estes receptores são
sensíveis à temperatura, salinidade e pressão da
água, com uma especial capacidade para detectar campos eléctricos
muito subtis, gerados por outros animais. Podem, deste modo, detectar
o batimento cardíaco de um peixe que esteja enterrado na areia,
a alguns metros de distância. A capacidade de se aperceberem destas
ligeiras mudanças na corrente eléctrica do ambiente, além
de facilitar a caça às suas presas, possibilita-lhes a
navegação em mar aberto durante as grandes migrações,
guiando-se através do campo electromagnético da Terra.
(Fonte:
Wikipedia)