Fóssil vivo
Fóssil vivo: Alguns animais são chamados popularmente de “fósseis vivos”. Normalmente isso ocorre porque estas espécies permanecem há milhões de anos sem sofrer mutações que alterem sua forma significativamente.
Um exemplo clássico é o Celacanto, que já foi considerado extinto, antes de descobrirem espécimes vivos. Acredita-se que tenha evoluído ao seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.
Fóssil vivo
No reino vegetal, um exemplo famoso é o das árvores da espécie Ginkgo bilobaque que não têm parentes próximos entre as plantas da atualidade, mas que pertencem a um grupo biológico (as Ginkgoales) que foi muito abundante e diversificado desde o Permiano ao Paleoceno.
Outros seres que eram frequentemente apelidados de “fósseis vivos” são, por exemplo, os indivíduos das espécies Ennucula superba, Lingula anatina, um braquiópode inarticulado, o tuatara, o caranguejo-ferradura Limulus polyphemus e os espécimes do gênero Nautilus.
Fósseis vivos?
Os seres chamados de “fósseis vivos” apresentam, frequentemente, aspectos morfológicos muito similares aos dos seus parentes mais antigos preservados sob a forma de fósseis no registro geológico.
Entretanto, não devem ser entendidos como espécies que não evoluíram. Seriam seres distintos do passado, pertencendo a espécies distintas das representadas no registro fóssil, mas com as quais são diretamente aparentados e, portanto, morfologicamente muito similares.
“Fóssil vivo” era um termo informal, frequentemente utilizado em textos não científicos para designar seres pertencentes a grupos biológicos atuais que são os únicos representantes de grupos que foram bem mais abundantes e diversificados no passado da Terra.
Existe a recomendação científica para o abandono do termo, por se tratar de conceito intuitivo e de simples morfologia de determinadas características da espécie (como a anatomia e aspecto geral do corpo), que são ressaltados de maneira arbitrária. (*)
O conceito de “fóssil vivo” também ignora as novidades evolutivas recentes, exclusivas. Estas razões são apontadas para justificar o abandono da expressão, inaplicável diante dos conceitos de sistemática moderna.
* – Romano, P. S. R.; Riff, D. & Oliveira, D. R. Porque um “fóssil vivo” não pode existir: dedução lógica através de abordagem sistemática In: Paleontologia: Cenários de Vida. Rio de Janeiro: Editora Interciência. 2007. ISBN 978-85-7193-185-5
Você precisa fazer login para comentar.