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Todas as Manhãs do Mundo

Todas as Manhãs do Mundo: Longa-metragem é resultado de 44 semanas de filmagem em alguns dos mais belos santuários naturais do planeta e é uma produção do Canal Azul, com distribuição pela 20th Century Fox, feita em parceria com os criadores de “A Marcha dos Pinguins”, vencedor do Oscar.

Todas as Manhãs do Mundo

Onça pintada Pantanal Lawrence Wahba
Onça pintada no Pantanal. by Lawrence Wahba

A medida que a Terra dá a volta em seu eixo, os raios de luz iluminam cada canto de nosso Planeta trazendo uma nova manhã.

Documentar o que ocorre com a natureza nesse momento mágico em alguns dos locais mais remotos do mundo é o desafio, com suas barreiras técnicas quase intransponíveis, da produção de “Todas as Manhãs do Mundo”, filme que leva ao público a construção desta narrativa de forma lúdica e acessível, com direção de Lawrence Wahba, um dos ganhadores do Emmy Awards 2013 pelo programa “América Selvagem”, da NatGeo TV, com as participações de Ailton Graça e Letícia Sabatella.

O filme estreia nos cinemas em 6/4 sem nada a dever às maiores produções do gênero.

Trailer “Todas as Manhãs do Mundo”

‘Todas as Manhãs do Mundo’ enquadra-se em gênero conhecido como ‘docudrama’, mesclando fantasia e realidade. Dois personagens centrais são os responsáveis pela narrativa, que costura sequências de imagens de tirar o fôlego: O Sol (pai) e a Água (mãe). Como responsáveis diretos pela existência da vida no planeta, eles são interpretados sob as vozes dos atores Aílton Graça e Letícia Sabatella, respectivamente.

O filme é direcionado não só para famílias e crianças, mas para todos aqueles que tem interesse na natureza, animais e meio ambiente. A incrível jornada segue do deserto da Baja Califórnia ao impiedoso ciclo das águas no Pantanal, passando pelas florestas temperadas do Canadá, pelos exuberantes recifes de corais da Indonésia e pelas savanas africanas.

Nesse imenso panorama de biodiversidade, os animais são os grandes heróis da saga, guiando a narração da “troca de turno” que se inicia a cada dia no infinito ciclo da luta por água e comida ao surgimento dos primeiros raios de luz. 

Esse contexto é traduzido por ‘personagens’ como Salmões, que enfrentam a força das águas e as garras dos ursos pardos numa odisseia para chegar ao rio em que nasceram para desovar; as mais exóticas e coloridas criaturas marinhas que se camuflam para sobreviver nos recifes mais ricos do mundo; leões e búfalos que travam batalhas épicas, além de onças e outros animais que dançam ao ritmo das águas no Pantanal.

Aqui as manhãs são mais do que um fenômeno natural, são metáforas do início de um novo ciclo e renovação da esperança.

Bastidores “Todas as Manhãs do Mundo”

As imagens que deram vida ao longa-metragem foram captadas ao longo de 44 semanas, com mais de 400 horas de material gravado entre 2010 e 2015, em expedições a: Noruega, México, Canadá, Indonésia, Zâmbia, Botswana e Brasil. Ainda foram utilizadas sequências inéditas do acervo do cineasta, estas produzidas nos últimos sete anos em todos os continentes e oceanos.

Outro ponto de destaque fica por conta da fotografia, conduzida sob o olhar cuidadoso de Wahba e outros 16 cinegrafistas do Brasil, da França, Holanda e Argentina em  atividade que aliou sensibilidade e tecnologia, incorporando o uso de câmeras de alta definição extremamente sensíveis à condição de pouca luz, lentes teleobjetivas de 800mm, drones, gruas, sliders, estabilizadores de imagem, microcâmeras e lentes macro, entre outros.

Todas as Manhãs do Mundo
LW com arraia manta Baja California México. by Marcelo Skaf

Lawrence Wahba – Todas as Manhãs do Mundo

Com direção de Lawrence Wahba e roteiro do renomado diretor/roteirista Rubens Rewald (“Super Nada”, 2012) em parceria com Rodolfo Moreno e com o próprio Wahba o documentário permite diversos níveis de compreensão, abrangendo tanto o público infantojuvenil quanto os fãs de documentários de natureza. A narrativa leve e bem humorada tem rigorosa consultoria científica e aborda conceitos distintos relacionados à conservação e à sustentabilidade, como aquecimento global, poluição e cadeia alimentar, entre outros. 

Para Lawrence, o resultado final do longa sintetiza seus 25 anos de carreira, que tem marco inicial na expedição “Crossing American Coast”, de 1992, em ocasião que Wahba e outros 4 aventureiros viajaram de Los Angeles a São Paulo, em trajeto de 29.000km por terra, dando origem a um estilo de vida que fez o documentarista passar o equivalente a mais de 10 anos de sua vida viajando pelos locais mais remotos do Planeta.

“O que os olhos não veem, o coração não sente. O que me motiva a ficar tanto tempo longe dos meus filhos e do conforto de casa é trazer para eles e para todas as pessoas as belezas naturais que ainda existem no mundo, sensibilizando-os para a necessidade de preservá-las. – Lawrence Wahba

NatGeo

O projeto do longa se originou paralelamente a série homônima exibida pelo Canal NatGeo em outubro de 2015, produção que teve uma das maiores audiências da NatGeo naquele ano e foi indicada ao Prêmio de Fotografia ABC e ao prêmio de Melhor Programa de TV pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

Ao contrário da série documental, que retrata as aventuras do brasileiro ao testemunhar o amanhecer pelo planeta junto a uma equipe francesa, o longa tem a licença poética de uma obra de ficção. Para esta empreitada, um ano de esforços em roteiro, edição e pós-produção foram necessários para dar forma final à maior produção audiovisual de natureza já feita no cinema nacional.  

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