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Carriça-do-mato

Carriça-do-mato (Xenicus longipes) era uma pequena ave terrestre endêmica da Nova Zelândia, com três subespécies em cada uma das principais ilhas do país. Todas desapareceram gradualmente após a introdução de espécies invasoras de mamíferos, até que o último animal fosse visto por lá. artigo original www.biologo.com.br

Carriça-do-mato, a pequena ave perdida

13/8/2021 ::  Por Josué Fontana

A Nova Zelândia é notável por seu isolamento geográfico, por isso, o país desenvolveu uma fauna particular dominada por pássaros endêmicos, alguns extintos após a chegada dos homens e dos mamíferos introduzidos por eles. 

 Xenicus longipes - Carriça-do-mato
Ave que morreu em cativeiro na tentativa de de resgate em 1964 ©  por Don Merton

Entre essas aves extintas, destaca-se a Carriça-do-mato (Xenicus longipes). Media no máximo 9 cm de comprimento e pesava até 16 g.  Alimentava-se principalmente de invertebrados, que capturava correndo ao longo dos galhos das árvores.

Nidificava no solo ou próximo a ele e também quase não voava. Tais características a tornaram um alvo fácil para os novos predadores trazidos pelo homem.

Outros nomes: bushwren, bush wren, mātuhituhi

“A natureza não precisa de pessoas – as pessoas precisam da natureza; a natureza sobreviveria à extinção do ser humano e seguiria bem, mas a cultura humana, o ser humano, não pode sobreviver sem a natureza.” – Harrison Ford

Extinção da Carriça-do-mato, a pequena ave perdida

carriça-do-mato (Xenicus longipes)
Ilustração da carriça-do-mato (Xenicus longipes)

Até o final do século XIX a carriça-do-mato era abundante no país, espalhada por um amplo território. Mas no fim do século XIX mamíferos exóticos como ratos e gatos foram introduzidos e então as populações da Carriça-do-mato sofreram rápido impacto.

Subespécies

Três subespécies do Xenicus longipes são conhecidas: X. l. Longipes, da Ilha do Sul, cujo último avistamento comprovado se deu em 1968 no Nelson Lakes National Park; X. l. Stokesi da Ilha do Norte cujo último avistamento plenamente aceito se deu em 1955; X. l. Variabilis da Ilha Stewart sobreviveu ali até 1951, mas provavelmente foi exterminada lá por gatos selvagens.

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A Carriça-do-mato ainda persistiu na Ilha Kotiwhenua (Salomão) até o início dos anos 1960. Sobreviveu também na Ilha Grande do Cabo do Sul, até que ratos pretos (R. rattus) tomaram conta do local em 1964.

Esforços foram feitos na época para salvar a espécie transferindo os pássaros que conseguiram capturar. Eles pegaram seis pássaros e os transferiram para a Ilha Kaimohu, onde não se reproduziram e acabaram por morrer em 1972. Hoje a ave é uma lembrança do impacto devastador que animais exóticos trazidos pelo homem podem fazer no ambiente selvagem.

Fontes e referências:
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