Ficologia
Ficologia é o estudo científico das algas. Também conhecido como Algologia, este é um importante ramo da botânica.
Algas distinguem-se das plantas vasculares, por uma falta de raízes verdadeiras, caules ou folhas. Muitas espécies são unicelulares e microscópicas (incluindo o fitoplâncton e outra microalgas); muitas outros são pluricelulares em um grau ou outro, algumas de tamanho grande (por exemplo, o Sargassum).
Ficologia
(do grego, phykos, “algas”, e λογία – logia, estudo”)
O estudo científico das algas começou no final do século XVIII, com a descrição e designação de Fucus maximus (agora Ecklonia maxima) em 1757 por Pehr Osbeck.
Este foi seguido pelo trabalho descritivo de estudiosos como Dawson Turner e Carl Adolf Agardh, mas não foi até mais tarde no século XIX que esforços foram feitos por JV Lamouroux e William Henry Harvey para criar agrupamentos significativos dentro das algas.
Harvey tem sido chamado de “o pai da ficologia moderna”, em parte por sua divisão das algas em quatro grandes divisões com base em sua pigmentação.
Ficologia: as algas
As algas são importantes como produtores primários em ecossistemas aquáticos.
As algas, também conhecidas taxonomicamente como Algae, do latim “ervas marinhas”, são seres avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de seiva.
Constituem um grande e diversificado grupo de espécies autotróficas, ou seja, que produzem a energia necessária ao seu metabolismo através da fotossíntese. Podem ser unicelulares ou multicelulares. Ainda que algumas apresentem tecidos diferenciados, não possuem raízes, caules ou folhas verdadeiras.
Embora tenham, durante muito tempo, sido consideradas como plantas, apenas as algas verdes têm uma relação evolutiva com as plantas terrestres (Embriófitas); os grupos restantes de algas representam linhas independentes de desenvolvimento evolutivo paralelo.
Além da sua importância ecológica, muitas espécies de algas têm importância econômica para o ser humano. Algumas são utilizadas como alimento, outras como matéria-prima para a produção de espessantes: de certas Feofícias extrai-se a algina, utilizada na indústria alimentar e de cosméticos; de algumas Rodofícias, obtém-se o ágar, usado na indústria farmacêutica e para a produção de meios-de-cultura de fungos e bactérias em laboratórios. Muitas diatomáceas, que produzem um esqueleto silicioso, são utilizadas na indústria de tintas e de filtros.
Ficologia: as cianobactérias
A ficologia inclui o estudo de formas de procariotas conhecidas como algas azuis esverdeadas ou cianobactérias. Um número de algas microscópicas também ocorrem como simbiontes em líquens.
O filo Cyanobacteria (cianobactérias), ou divisão Cyanophyta (cianófitas), é um grupo de bactérias que obtêm energia por fotossíntese.
O nome “cianobactéria” vem de sua cor (do grego: κυανός ‘kyanós’ = azul). São chamadas também de algas azuis ou algas verde-azuladas, embora alguns autores considerem estes nomes inadequados, uma vez que cianobactérias são procarióticas, e algas deveriam ser apenas eucarióticas. No entanto, há outras definições de algas que abrangem também organismos procarióticos.
Estes organismos têm uma estrutura procariótica, sem uma verdadeira membrana nuclear e com os pigmentos fotossintéticos dispersos no citoplasma.
Ficologia: algas eucariontes
Todos os restantes grupos de algas são eucarióticos (com uma membrana nuclear verdadeira ) e realizam a fotossíntese usando organelas chamadas cloroplastos. Os cloroplastos contêm DNA e têm uma estrutura semelhante às cianobactérias – pensa-se que evoluíram a partir de uma alga mais “primitiva” que era endossimbionte.
Ficologia: curiosidades sobre as algas
• As algas têm um importante papel na biosfera (pensa-se que foram elas as primeiras produtoras de oxigênio no nosso planeta). No presente, elas são responsáveis pela maior parte da produção nos ecossistemas aquáticos: como produtores primários, elas formam a base da cadeia alimentar desses ecossistemas.
• As macroalgas marinhas, ou seja, as que têm dimensões maiores que as do fitoplâncton, como as algas verdes, vermelhas e castanhas, podem por vezes colonizar grandes porções do substrato, fornecendo refúgio, alimento e mesmo substrato secundário a uma grande variedade de organismos.
• Algumas algas são excelentes indicadores de determinados problemas ecológicos. Por exemplo, quando se vê um tapete de alfaces-do-mar ou de algas azuis numa zona, isso é normalmente indicador de poluição por excesso de efluentes nitrogenados.
Outras curiosidades biodiversidade
• Por vezes, as algas planctônicas multiplicam-se demais – normalmente em condições de temperatura ótima e de nutrientes abundantes – formando o que se chama “flor-da-água”. Este fenômeno pode ser uma indicação de poluição, como indicado acima, e pode levar à destruição da biodiversidade duma massa de água (lago, estuário), uma vez que as algas que morrem são decompostas, levando à diminuição do oxigênio na água. Mas pode também ser um fenômeno natural, que desaparece quando a temperatura muda e quando os nutrientes são esgotados pelas algas; nesse caso, a população planctônica normalmente regressa aos níveis normais.
• Um fenômeno semelhante mas mais grave acontece quando, associadas à poluição, o grande acúmulo de nutrientes provoca um aumento desenfreado das algas Pirrofíceas (Alga Cor-de-Fogo), formando o que se chama maré vermelha. Nesta situação, estes organismos produzem toxinas avermelhadas e podem provocar a morte de uma grande quantidade de peixes e mesmo de aves ou outros animais que deles se alimentam.
• O continente com a mais rica diversidade de algas é a Austrália, com cerca de 2.000 espécies.
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fonte: Wikipedia.org