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Nomenclatura binomial

A nomenclatura binomial (ou nomenclatura binária) é o único método universalmente aceito para a atribuição do nome científico a espécies.

Como o termo “binomial” sugere, o nome científico de uma espécie é formado pela combinação de dois termos: o nome do gênero e o descritor específico.

Nomenclatura binomial

Hypsiboas punctatus
Hypsiboas punctatus

A nomenclatura binomial designa o conjunto de normas que regulam a atribuição de nomes científicos às espécies de seres vivos.  Assim, todas as espécies podem ser identificadas, sem risco de ambiguidade.

A utilização do sistema de nomenclatura binomial é um dos pilares da classificação científica dos seres vivos sendo regulada pelos códigos específicos da nomenclatura botânica, zoológica e bacteriológica.

Essa nomenclatura foi primeiramente proposta pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin, no século XVII e formalizada por Lineu no século seguinte. Os nomes utilizados são em latim, ou numa versão latinizada da palavra ou das palavras que se pretende utilizar.

O nome genérico e o epíteto específico devem ser escritos em itálico, ou, na sua indisponibilidade, ser sublinhados, sendo, sempre que possível, seguidos pelo autor ou autores da descrição. 

Nomenclatura binária

Embora no âmbito do esforço de unificação da nomenclatura biológica os conceitos tenham sido fundidos, tendo hoje o mesmo significado, tradicionalmente, no campo da zoologia, o conceito é referido como “nomenclatura binominal”, enquanto que, no campo da botânica, da micologia e da bacteriologia, o conceito é, geralmente, apelidado “nomenclatura binária” ou, por vezes, “nomenclatura binomial”.

Normas em Nomenclatura binomial

  • As espécies são identificadas por um binome, um nome composto por dois nomes: um nome genérico e um descritor específico. Nenhum outro taxon pode ter nomes compostos por mais de um complemento.
  • As subespécies têm um nome composto por três nomes, ou seja, um trinome, colocados pela seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor subespecífico. Exemplo: Rhea americana alba, onde alba é a subespécie.
  • Todos os taxa hierarquicamente superiores à espécie tem nomes compostos por uma única palavra, ou seja, um “nome uninominal”.
  • Os nomes científicos devem ser sempre escritos em itálico, como em Homo sapiens. Quando manuscritos, ou quando não esteja disponível a opção de escrita em itálico, devem ser sublinhados.
  • Nomenclatura binominal
    Macaco-prego-galego (Sapajus flavius) endêmico da Mata Atlântica brasileira.

    O primeiro termo, o nome genérico é sempre escrito começando por uma maiúscula, enquanto o descritor específico (em zoologia, o nome específico, em botânica o epíteto específico) nunca começa por uma maiúscula, mesmo quando seja derivado de um nome próprio ou de uma designação geográfica. Ex: Canis lupus ou Anthus hodgsoni

  • Em textos académicos e científicos, a primeira referência a um taxon, nomeadamente a uma espécie, é seguida da sobrenome do cientista que primeiro validamente o publicou (na zoologia) ou da sua abreviatura padrão (botânica e micologia). Se a espécie teve a sua posição taxonômica alterada por inclusão em género diferente do original, o sobrenome ou a abreviatura padrão do autor original e a data de publicação original são fornecidos em parênteses antes da indicação de quem publicou o novo nome. Exemplo: Amaranthus retroflexus L. ou Passer domesticus (Linnaeus, 1758) – o último foi originalmente descrito como uma espécie do gênero Fringilla, daí o parêntesis.
Outras normas importantes
  • Código Internacional de Nomenclatura Zoológica
    Código Internacional de Nomenclatura Zoológica

    Quando usado em conjunção com o nome vernáculo da espécie, o nome científico normalmente aparece imediatamente a seguir no texto, incluído em parêntesis. Exemplo: “A população do pardal doméstico (Passer domesticus) está diminuindo na Europa.”

  • O nome científico deve ser sempre usado por extenso na sua primeira ocorrência no texto e sempre que diversas espécies do mesmo gênero estiverem a ser discutidas no mesmo documento. Nos usos subsequentes, as referências podem ser abreviadas à inicial do gênero, seguida de um ponto e do nome específico completo. Por exemplo, após a primeira referência, Canis lupus pode ser referido como C. lupus
  • A abreviatura “sp.” é usada quando o nome da espécie não pode ou não interessa ser explicitado. A abreviatura “spp.” (plural) indica “várias espécies”.  Exemplo: “Canis sp.” significa “uma espécie do gênero Canis”.

fonte: Wikipedia.org

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