Diatomáceas
Diatomáceas: Diatomáceas representam um grupo importante de microalgas encontradas principalmente nos oceanos e cursos d’água pelo mundo. São seres vivos unicelulares cuja maior parte vive em mares de águas frias, mas há espécies de agua doce.
Muitas flutuam nos mares e lagos, representando parcela importante do fitoplâncton. Outras produzem um muco aderente e vivem presas à superfície de organismos marinhos, como outras algas, moluscos, crustáceos, tartarugas, baleias, etc.
Diatomáceas
O estudo das diatomáceas é um ramo da ficologia.
As diatomáceas são classificadas como eucariontes. Outra classificação divide o plâncton em oito tipos com base no tamanho: neste esquema, as diatomáceas são classificadas como microalgas.
Existem vários sistemas para classificar as espécies de diatomáceas individuais. Evidências fósseis sugerem que as diatomáceas se originaram durante ou antes do início do período Jurássico, que foi de cerca de 150 a 200 milhões de anos atrás.
Características
As células das Diatomáceas são recobertas por uma carapaça, a frústola, constituída por dióxido de silício (SiO2), ou sílica, o mesmo material empregado na produção de vidro.
Em muitas espécies, a frústola é formada por duas partes encaixadas como uma caixa redonda com tampa e dotadas de saliências, depressões e poros que permitem contato da membrana plástica com o meio. Isso confere a muitas espécies de diatomáceas um aspecto iridescente e brilhante.
A iridescência das carapaças silicosas, associada aos pigmentos presentes, dá a essas algas diferentes colorações, que vão do dourado ao marrom-esverdeado. As principais substâncias de reserva das diatomáceas são óleos, que em certas espécies contribuem para facilitar a flutuação.
Terras de diatomáceas
Em certas regiões do funfo marinho as carapaças de diatomáceas acumularam-se ao longo de milhares de anos, formando camadas rochosas compactas conhecidas como terras de diatomáceas (ou diatomito). As terras de diatomáceas são utilizadas desde a Antiguidade como material de construção, geralmente misturadas à cal.
Alguns exemplos de obras construídas com terras de diatomáceas e que ainda se conservam são os aquedutos de Roma, os portos de Alexandria e o canal de Suez. Por ser constituído de carapaças vitrificadas muito pequenas, o diatomito tem granulosidade finíssima, sendo por isso empregado como matéria-prima de polidores e também na confecção de filtros e isolantes.
Evolução
As diatomáceas surgiram provavelmente no início do Triássico, como resposta à libertação de diversos nichos ecológicos após a Extinção Permo-Triássica.
Os primeiros fósseis de diatomáceas, que correspondem às primeiras formas silicificadas, surgem no Jurássico e diversificaram-se bastante a partir de então. No Cretácio a flora de diatomáceas é muito abundante e há exemplos de formações rochosas – os diatomitos – constituídas quase inteiramente de carapaças de diatomáceas.
Também são conhecidas por algas douradas, porque possuem uma carapaça rígida de tom dourado, as diatomáceas são muito comuns em oceanos e mares. Algumas regiões do Nordeste brasileiro possuem depósitos naturais de suas carapaças, chamados de diatomitos, material utilizado, por exemplo, na fabricação de produtos para polimento, cosméticos e tijolos.
Curiosidades
O número de diatomáceas vivas chegam aos trilhões: elas geram cerca de 20% do oxigênio produzido no planeta a cada ano, absorvem mais de 6,7 bilhões de toneladas métricas de silício a cada ano das águas em que vivem e contribuem com quase metade do material orgânico encontrado nos oceanos.
As conchas de diatomáceas mortas podem chegar a até um quilômetro no fundo do oceano, e toda a bacia Amazônica é fertilizada anualmente por 27 milhões de toneladas de poeira de diatomáceas transportadas pelos ventos transatlânticos leste-oeste (leste) da cama de um lago seco cobrindo uma vez grande parte do Saara Africano.
Link complementar: Diatoms
Você precisa fazer login para comentar.