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Herbários virtuais

Herbários virtuais: A síntese on-line facilita o trabalho dos pesquisadores, amplia o número de usuários e permite novos tipos de análise sobre a diversidade biológica do país, impensáveis até poucos anos atrás.

Importância dos herbários virtuais

por Carlos Fioravanti/Pesquisa FAPESP :: Em fase de expansão no Brasil, os chamados herbários virtuais reúnem informações e milhares de imagens detalhadas de coleções de plantas brasileiras, organizadas por botânicos estrangeiros ou brasileiros, que antes as guardavam apenas em armários de suas instituições.

Coleção do herbário
O Herbário. Coleção armazenada em armários. foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Por meio de acordos estabelecidos no final de 2014, herbários de outros países começaram a enviar as imagens de plantas brasileiras mantidas em suas coleções. O Jardim Botânico de Nova York enviou 52 mil das 320 mil imagens previstas.

O Jardim Botânico da Universidade de Missouri, também nos Estados Unidos, mandou 17 mil, de um total estimado em 170 mil. Em breve começarão a chegar milhares de imagens também de museus de Viena e de Estocolmo.

Espécies-tipo – Herbários virtuais

Tais imagens ajudam a conhecer os primeiros registros, as chamadas espécies-tipo, fundamentais para os pesquisadores saberem se as plantas supostamente novas que eles coletaram são realmente novas. A espécie-tipo da mandioca (Manihot esculenta), por exemplo, foi coletada em 1850 em Santarém (PA), está guardada no herbário de Paris, mas pode ser vista em detalhes por meio do Reflora.

“Antes, tínhamos de fazer longas viagens para ver as coleções em outros países, sem saber o que poderíamos encontrar”, diz Rafaela Forzza, pesquisadora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Importância dos Herbários virtuais.
by Alex Popovkin

“Agora, com os herbários virtuais, podemos planejar melhor e selecionar o que queremos estudar antes de viajar.” Rafaela coordena o Reflora (www.reflora.jbrj.gov.br), programa de repatriação de informações sobre plantas brasileiras iniciado em 2010, com apoio do governo federal, fundações de apoio à pesquisa e empresas. O Reflora liberou para acesso público on-line cerca de 100 mil imagens de plantas brasileiras do Jardim Botânico de Kew, próximo a Londres, e outras 75 mil do Museu de História Natural de Paris.

Plantas medicinais
Plantas medicinais

As duas instituições enviaram as imagens das plantas e a equipe do Jardim Botânico analisou as etiquetas de cada amostra, escritas em francês, inglês, alemão ou latim, para retirar os chamados metadados, com o nome do coletor, data e local de coleta e outros detalhes que completam a identificação.

Segundo Rafaela, diariamente, sua equipe de 70 bolsistas e funcionários distribuídos por várias instituições capturam, examinam e tratam as informações de cerca de 750 imagens que chegam de herbários de outros países e outras 750 do herbário virtual do próprio Jardim Botânico. “Hoje é rotina: nenhuma planta vai para o acervo físico do herbário sem antes ser fotografada e depositada no acervo on-line”, diz ela.

>> Para saber mais, leia o artigo completo no site da Revista Fapesp > Milhões de plantas on-line

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