Alexander Fleming
Alexander Fleming (1881— 1955) foi um importante biólogo, especialmente famoso pelas relevantes descobertas da penicilina e da proteína antimicrobiana lisozima.
Fleming e a Era dos antibióticos
18/5/2021 :: Por Josué Fontana
O biólogo britânico Alexander Fleming tinha largo conhecimento em muitas áreas da ciência. Botânico, microbiologista e farmacologista, era também autor de diversas publicações sobre bacteriologia, imunologia e quimioterapia.
Mas a descoberta da penicilina por Fleming foi particularmente revolucionária para a medicina moderna, iniciando a assim chamada “Era dos antibióticos”.
- Introdução à Microbiologia
- Fungos patogênicos
Principais descobertas de Alexander Fleming:
Lisozima ntibióticos
No fim de 1921, ele descobriu que uma das placas de ágar para bactérias estava contaminada com bactérias do ar. Quando adicionou muco nasal, ele descobriu que o muco inibia o crescimento bacteriano. No teste seguinte, ele usou bactérias mantidas em solução salina que formaram uma suspensão amarela. Dois minutos depois de adicionar muco fresco, a solução amarela tornou-se transparente.
Seguiu os exames usando, cartilagem, sangue, sêmen, fluido de cisto ovariano, pus e clara de ovo, que mostraram que o agente bactericida estava presente em todos. Ele relatou sua descoberta no Clube de Pesquisa Médica e na Royal Society, mas não despertou interesse.
Reportando em 1922 no Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, Fleming escreveu:
“Gostaria de chamar a atenção para uma substância presente nos tecidos e nas secreções do corpo, que é capaz de dissolver rapidamente certas bactérias. Como essa substância tem propriedades semelhantes às dos fermentos, chamei-a de “Lisozima”(…)
Esta foi a primeira descoberta registrada de lisozima. A enzima só foi eficaz contra pequenas contagens de bactérias inofensivas e, portanto, tinha pouco potencial terapêutico. Isso indica uma das principais diferenças entre bactérias patogênicas e inofensivas.
Ele também identificou a bactéria presente no muco nasal como Micrococcus lysodeikticus, dando o nome da espécie. A espécie foi renomeada como Micrococcus luteus em 1972. A “cepa Fleming” desta bactéria tornou-se um modelo em diferentes estudos biológicos. A importância da lisozima não foi reconhecida, e Fleming estava ciente disso.
Foi apenas no final do século XX que a verdadeira importância da descoberta de Fleming na imunologia foi realizada quando a lisozima se tornou a primeira proteína antimicrobiana descoberta que constitui parte de nossa imunidade inata.
Penicilina – Alexander Fleming e a Era dos antibióticos
Descoberta mais famosa de Alexander, a penicilina foi descoberta em 1928 quando Fleming saiu de férias e esqueceu placas com culturas de microorganismos em seu laboratório. Quando voltou, viu que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias não havia mais bactérias.
Então, Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gênero Penicillium, e demonstraram que o mesmo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina.
Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941, seus efeitos foram demonstrados em humanos. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Medicina por este estudo. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
Em 1940 conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina – a era dos antibióticos.
Fleming morreu em 1955 vitima de um ataque cardíaco. Foi enterrado como herói nacional na cripta da Catedral de São Paulo, em Londres.
Links e referências:
- Bennett, Joan W; Chung, King-Thom (2001), “Alexander Fleming and the discovery of penicillin”, Advances in Applied Microbiology
- Hare, R. (1982). “New light on the history of penicillin”. Medical History
- Sir Alexander Fleming Biographical
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