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Jacutinga

Jacutinga é uma ave arborícola da família dos cracídeos que certa vez ocupava vastos territórios da Mata Atlântica. Infelizmente a caça e o desmatamento deixaram a espécie em risco de extinção. Todavia, hoje há um programa para reintroduzir espécimes nascidos em cativeiro. artigo original www.biologo.com.br

Jacutinga, esperança para uma ave ameaçada

11/8/2021 ::  Por Josué Fontana

A Jacutinga (Pipile jacutinga) é uma ave endêmica da Mata Atlântica que era abundante na floresta mas que teve sua população drasticamente reduzida, devido principalmente a degradação do seu habitat. 

Jacutinga (Aburria jacutinga)
Jacutinga (Aburria jacutinga) Spix, 1825

Antes a espécie era encontrada do sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, incluindo parte do norte da Argentina e Paraguai. 

No entanto, hoje há programas de reprodução em cativeiro com objetivo de reintroduzir na floresta, por isso, pouco a pouco, as jacutingas estão voltando para o seu habitat.

Pipile jacutinga, uma espécie importante para a Mata Atlântica

Jacuntinga, esperança para uma ave ameaçada
© Nick Athanas

E há bons motivos para o esforço de conservação — a Jacutinga é considerada uma excelente dispersora de sementes e ajuda na recuperação e na riqueza da floresta.

A ave se alimenta dos frutos e suas fezes liberam as sementes já fertilizadas, que ajudam a dispersar as espécies vegetais. Entre essas espécies vegetais que podem pegar “carona” está o palmito, planta também ameaçada de extinção.

Hoje ela é considerada Em Perigo (EN) de extinção pela lista da IUCN e na lista do Ministério de Meio Ambiente. Está provavelmente extinta no estado do Rio de Janeiro, onde foi avistada em Itatiaia pela última vez em 1978 e na Serra dos Órgãos em 1980.

Comportamento:

Habita principalmente florestas primárias úmidas, preferencialmente matas abundantes em palmitos. Prefere as áreas montanhosas de até 900 metros de altitude.

Formam grupos de até 15 indivíduos. Como atualmente são muito raras na natureza, são normalmente encontradas sozinhas ou aos pares. A reprodução ocorre de agosto a janeiro, cujos ninhos são feitos nas forquilhas de galhos altos. Normalmente põe de 2 a 4 ovos, que eclodem em até 28 dias. 

Fontes e referências:
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