Mata Atlântica
Mata Atlântica: A Mata Atlântica é um Hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade. É também uma das mais ameaçadas do planeta, Reserva da Biosfera pela Unesco e Patrimônio Nacional, na Constituição Federal de 1988.
Na região da Mata Atlântica é onde residem cerca de 70% da população brasileira, o que é refletido no alto grau de desmatamento que sofreu o bioma. Atualmente existem cerca de 10% da mata nativa.
Mata Atlântica
A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à da Amazônia. Há subdivisões do bioma da Mata Atlântica em diversos ecossistemas devido a variações de latitude e altitude.
Há ainda formações pioneiras, seja por condições climáticas, seja por recuperação, zonas de campos de altitude e enclaves de tensão por contato. A interface com estas áreas cria condições particulares de fauna e flora.
A fauna de vertebrados endêmica é formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), mamíferos e aves.
Da flora, estima-se que 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas.
Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive 15% dos primatas brasileiros, como o mico-leão-dourado. Cento e sessenta espécies de aves e 183 de anfíbios são endêmicas da Mata Atlântica.
Apesar de legalmente protegida, a perda e fragmentação dos habitats, caça e extração predatória de produtos florestais, tal como a conversão de áreas de floresta em campos cultivados não diminuíram: entre 2002 e 2008, houve uma supressão de 2.742 km², sendo Minas Gerais, o estado que mais desmatou.
Conservação
Atualmente existem cerca de 10% da mata nativa. A maior parte dos remanescentes de mata constituem-se de pequenos fragmentos (cerca de 83% com menos de 50ha), isolados entre si.
Existem apenas duas regiões onde os remanescentes são contínuos, somando quase 10.000 km² de floresta cada uma: a Serra do Mar e de Paranapiacaba, nos estados de São Paulo e Paraná, no Brasil; e a província argentina de Misiones que é contínua com Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Estadual do Turvo, no Brasil.
Não obstante, o grau de conservação de ecorregiões desse bioma varia, com ecorregiões que possuem até mais de 20 % da cobertura original (como a ecorregião da Serra do Mar) até outras que conservam apenas 3 % da cobertura original (como as Florestas do Interior, encontradas no interior de São Paulo, oeste do Paraná e Minas Gerais).
Esse bioma possui 75,6% das espécies ameaçadas e endêmicas do Brasil, o que o torna um dos mais prioritários para conservação no país.
Extinção
Existem pelo menos 510 espécies em extinção: inúmeras espécies endêmicas como o pau-brasil e o mico-leão-preto.
Extinções locais certamente ocorrerão nos próximos anos, visto a enorme fragmentação em algumas regiões como observado nas Florestas Costeiras de Pernambuco e na Floresta Atlântica do Alto Paraná: não necessariamente pela conversão dos fragmentos em campos cultivados, mas pelo isolamento deles e por atividades como caça, queimadas e extração de produtos florestais.
Na conservação da fauna, o uso de “espécies bandeira” tem sido útil tanto na preservação de algumas espécies em específico, como o caso do mico-leão-dourado e do muriqui, quanto na conservação do bioma e conscientização da população.
Esforços para preservar uma determinada espécie “carismática” como a onça-pintada, acaba por culminar na preservação de grandes áreas de floresta.
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