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Possível vida em Vênus

Descobertos possíveis indícios de vida em Vênus: Cientistas divulgaram hoje a descoberta da presença de gás fosfina na atmosfera do nosso planeta vizinho, Vênus. Trata-se de forte indicador da presença de vida, o que animou os biólogos.

Possível vida em Vênus

14/9/2020 ::  Por Josué Fontana

Um estudo publicado no periódico científico Nature Astronomy está dando o que falar. O trabalho indicou presença de fosfina, gás que na Terra é fruto de ação biológica

Em nosso planeta a fosfina está ligada à vida porque é produzida por micro-organismos do intestino de animais ou mesmo em ambientes pobres em oxigênio, como pântanos.

Possível vida em Vênus
As nuvens de Vênus são capazes de produzir raios de forma muito similar às nuvens da Terra.

A descoberta animou os pesquisadores envolvidos no projeto: “Fiquei muito surpresa, estupefata, na verdade”,  disse a astrônoma da Universidade de Cardiff, Jane Greaves.

Esta foi a mais importante descoberta científica até hoje do que pode ser vida extraterrestre. A descoberta envolveu biólogos e cientistas de diversas áreas, de Países como Reino Unido, Japão e Estados Unidos.

Molécula venusiana pode indicar vida microbiana extraterrestre

A possibilidade de vida microbiana em Vênus foi feita há mais de 50 anos por Carl Sagan. A teoria foi publicada em um artigo dele na revista Nature, em 1967, chamado “Vida na superfície de Vênus?”.

Vênus é um dos quatro planetas terrestres do Sistema Solar, significando que, como a Terra, ele é um corpo rochoso. Em tamanho e massa, ele é muito similar ao nosso planeta. 

O sistema solar

Entretanto, as condições na superfície venusiana diferem radicalmente daquelas na Terra, devido à sua densa atmosfera de dióxido de carbono. A massa da atmosfera de Vénus é composta em 96,5% de dióxido de carbono, sendo o nitrogênio a maior parte do restante.

Devido às suas condições extremamente hostis, uma colonização superficial de Vênus está fora de questão com a tecnologia atual. Entretanto, a pressão atmosférica e a temperatura a aproximadamente 50 km acima da superfície são similares às da superfície da Terra, e o ar da Terra (nitrogênio e oxigênio) seria um gás ascendente na atmosfera venusiana de principalmente dióxido de carbono. Isto levou a propostas de extensas “cidades flutuantes” na atmosfera do planeta.

Os aeróstatos (balões mais leves que o ar) poderiam ser usados para a exploração inicial e posteriormente para colônias permanentes. Entre os muitos desafios de engenharia estão os níveis perigosos de ácido sulfúrico nessas altitudes.

Embora animados com a descoberta, muitos cientistas estão cautelosos e preferem apostar em Marte ou nas luas de Júpiter e Saturno para descobrir a existência de vida.

“Nossos artigos e dados podem ser acessados por outros pesquisadores. É assim que a ciência funciona”. – Jane Greaves

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