Primatologia
Primatologia: A primatologia é a ciência que estuda a ordem dos primatas. É uma disciplina com várias vertentes. Há primatólogos na área da biologia, antropologia, psicologia, entre outras.
Primatologia
Está intimamente relacionada com a antropologia física que não é mais que o estudo do gênero Homo, especialmente do Homo sapiens.
Para Joseph M. Erwin primatologista e professor de antropologia da Columbian College of Arts and Sciences da Universidade George Washington a primatologia ou o estudo científico de primatas, não pode ser reduzida nem a um ramo da zoologia ou mastozoologia, assim como a antropologia não é exatamente um ramo da primatologia
Primatologia e disciplinas associadas
Entre os interesses no estudo da primatologia estão os das ciências da saúde: fisiologia, patologia clínica, genética, imunologia e especialmente epidemiologia das zoonoses.
Nas ciências do comportamento destacam-se os estudos sobre linguagem, aprendizagem e etologia em especial o comportamento sexual e agressivo, também descrito como instintivo.
Entre os estudos clássicos da psicologia incluem-se “A inteligência dos antropoides” de Wolfgang Kölher (1887-1967), um dos criadores da psicologia da gestalt e, sobre o comportamento materno, o “Estudo do amor em filhotes de macaco” de Harry Harlow sem esquecer dos trabalhos de Charles Darwin (1809-1882): “A Descendência do Homem” (1871) e “A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais” (1872) que deram novo rumo a essa disciplina científica com a Teoria da evolução.
A primatologia e o estudo do comportamento
Os comportamentos são padrões de ação no tempo, portanto qualquer investigação de comportamento se ocupará de sequencias, apesar de que nem sempre é possível ver identificar diferenças nos caracteres corporais.
Mais sobre o assunto pode ser encontrado em Comportamento animal.
Para Eibl-Eibesfeldt, quando um etólogo observa uma animal em uma atividade determinada, pergunta porque este animal se comportará de tal forma e não de outra? Com esta pergunta sobre a adaptação e função específica do comportamento busca suas respostas na ecologia, filogenia, fisiologia do comportamento, com o devido cuidado com interpretações decorrentes da subjetividade do pesquisador.
As técnicas de observação sistemática não são novas, foram usadas cientificamente no comportamento do homem e de outros animais pelo menos desde Darwin (1872) observação direta do comportamento livre do organismo é o “método por excelência” inclusive aplicável ao entendimento do comportamento humano com seus “problemas” psicológicos.
O programa ideal para o estudo do comportamento animal requer a coordenação entre trabalho de campo e pesquisa de laboratório como já preconizava o etólogo George B. Schaller (1933).
Primatologia moderna
A moderna tecnologia já possibilita notáveis formas de registrar a observação de campo (computadores de mão, sensoriamento remoto; “rádio-tracking” e mapeamento por GPS) que devem ser integrados com as análises de laboratório de genética, endocrinologia e métodos não invasivos de investigação da ecologia alimentar integradas.
Inclusive com informações provenientes de pesquisa em etnoprimatologia e mesmo de observações em cativeiro (idealmente feito no local do habitat do animal) a exemplo dos progressos de compreensão da espécie do aie-aie (Daubentonia madagascariensis) por este método.
Setchell e Curtis destacam ainda a urgência das tarefas de conservação das espécies ameaçadas de primatas citando dados da IUCN (2008) que calcula que 48% das espécies de primatas estão ameaçadas e os dados disponíveis são insuficientes para avaliar o estado de mais de 15% das espécies.
Observe-se também a necessidade de estudos de longo prazo para confecção dos etogramas Albuquerque e Codenotti por exemplo descreveram 44 categorias comportamentais observados em um grupo de bugios pretos (Alouatta caraya) dentro das classes de: manutenção, interação social, comportamento agonístico, comportamento reprodutivo e cuidado parental comportamentos correlacionáveis entre si e com uma flutuação ao longo das estações do ano.
Primatologistas famosos
Jane Goodall (1934) – Jane Goodal Institute
Dian Fossey (1932-1985) – Dian Fossey Gorilla Fund
Birutė Galdikas (1946) – President Orangutan org
Colin Groves – The Colin Groves pages
Dawn Prince-Hughes (1964)
Karen Strier – Projeto Muriqui
Frans de Waal (1948)
Sherwood Washburn (1911–2000)
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