Elefante-de-sumatra
Elefante-de-sumatra: nativa da ilha de Sumatra, na Indonésia, a Elephas maximus sumatranus é uma das três subespécies de elefante asiático. Criticamente ameaçada de extinção, a população vem encolhendo por diversas razões.
Elefante-de-sumatra, um mamífero cada vez mais raro
26/8/2022 :: por Marco Pozzana, biólogo
Antes amplamente difundido em sua ilha de origem, a situação do elefante-de-sumatra é muito grave, ameaçado principalmente pelo desmatamento em seu habitat: as florestas. Segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, está em perigo crítico de extinção.
As últimas populações selvagens encontram-se confinadas em áreas cada vez menores de mata, em um cenário de degradação ambiental crescente, com árvores sendo derrubadas para dar lugar a plantações de dendezeiros.
Nos últimos anos, houve um enorme desmatamento no norte de Aceh. O governo do local deu permissões para tal em fazendas de dendezeiros, algumas de pessoas poderosas da região. A derrubada de árvores fragmentou ainda mais o habitat dos elefantes, tornando ainda mais difícil a sobrevivência dos mesmos.
Elephas maximus sumatranus (Temminck, 1847)
Os elefantes-de-sumatra medem entre 2 e 3,2 m de altura, pesando de 2 a 4 toneladas. Destaca-se a cor da pele, ligeiramente mais clara do que o elefante-asiático e o elefante-indiano, com o mínimo de despigmentação. São geralmente menores que os elefantes-africanos e com o ponto mais alto do corpo na cabeça. Têm 20 pares de costelas.
Na natureza podem viver até por volta dos 60 anos. As fêmeas parecem ser um pouco mais longevas, pois sobreviveram em cativeiro até 75 anos, enquanto os machos, até os 60 anos. As fêmeas são capazes de dar à luz mesmo com a idade avançada, com os nascimentos ocorrendo principalmente à noite.
Conservação:
Há tempos o elefante-de-sumatra vem declinando por uma série de ameaças criadas pelo homem. Sofre com a conversão de florestas em assentamentos humanos, áreas agrícolas e plantações. Como ficaram cada vez mais acuados, conflitos com os homens ficaram mais frequentes. Os elefantes também são abatidos por seu marfim.
Entre 1980 e 2005, 69% do habitat potencial de elefantes-de-sumatra foi perdido. Em 2008, os elefantes foram extintos em 23 das 43 áreas identificadas em Sumatra em 1985. Em 2008, o elefante estava localmente extinto na província de Sumatra Ocidental. Entre 1985 e 2007, calcula-se que cerca de 50% dos elefantes-de-sumatra morreram.
Em 2004, o Parque Nacional Tesso Nilo foicriado para proteger o habitat da espécie. Esta floresta é uma das últimas áreas grandes o suficiente para sustentar uma população viável de elefantes.
“Mais de 85% dos elefantes de Sumatra vivem fora das áreas de conservação”, diz Wahdi Azmi, conservacionista que lidera o CRU Aceh, grupo de conservação.
A principal ameaça para a espécie continua: a redução do habitat dos elefantes para a conversão ilegal da agricultura. Preservar a floresta de Sumatra é uma condição indispensável para proteger a espécie, nessa e nas futuras gerações.
Fontes e referências:
- WWF International – Sumatran elephant species profile (em inglês).
- ‘Chased from every side’: Sumatran elephants pinned down by forest loss – Mongabay.com (em inglês).
- Sumatran elephant – Wikipedia.org (em inglês).
-
Gopala, A., Hadian, O., Sunarto, ., Sitompul, A., Williams, A., Leimgruber, P., Chambliss, S.E. & Gunaryadi, D. 2011. Elephas maximus ssp. sumatranus. The IUCN Red List of Threatened Species 2011: e.T199856A9129626. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2011-2.RLTS.T199856A9129626.en. Accessed on 27 August 2022. (em inglês).
Você precisa fazer login para comentar.