Vírus Ebola
Vírus Ebola: As cinco espécies incluídas no gênero Ebolavirus (táxon viral da família Filoviridae, ordem Mononegavirales) são genericamente denominadas “ebolavírus”. Cinco dessas espécies são conhecidas e quatro delas causam uma febre hemorrágica com elevada taxa de letalidade.
Vírus Ebola
As cinco espécies de vírus conhecidas são nomeadas para a região onde cada uma foi originalmente identificada: Bundibugyo ebolavirus, Reston ebolavirus, Sudan ebolavirus, Taï Forest ebolavirus, Zaire ebolavirus, e Bombali ebolavirus.
A espécie Zaire ebolavirus é a Espécie-tipo (espécie de referência ou exemplo) para Ebolavirus. Ele tem um único membro conhecido, que desde 2010 tem sido chamado simplesmente vírus Ebola. Este vírus tem a maior taxa de mortalidade do gênero.
O gênero foi introduzido em 1998 como os “vírus do tipo Ebola”. O mesmo está intimamente relacionado com o vírus de Marburg.
O nome Ebolavirus é derivado do rio Ebola na República Democrática do Congo. Lá o vírus foi descoberto pela primeira vez.
Doença por vírus Ébola (DVE)
A doença por vírus Ébola (DVE), também denominada no Brasil por doença por vírus ebola, é uma doença infeciosa causada pelo vírus Ébola que afeta seres humanos e outros mamíferos.
A doença geralmente ocorre em surtos em regiões tropicais da África subsariana. De 1976, quando foi identificada pela primeira vez, até 2013, a OMS relatou 1.716 casos confirmados.
O maior surto já registrado é da África Ocidental em 2014. Em 13 de agosto 2 127 casos tinham sido identificados, com 1 145 mortes confirmadas.
Os sintomas têm início duas a três semanas após contrair o vírus, manifestando-se inicialmente por febre, garganta inflamada, dores musculares e dores de cabeça. Estes sintomas são seguidos por vômitos, diarreia e exantema, a par de insuficiência hepática e renal. Nesta fase, a pessoa infectada pode começar a ter hemorragias, tanto internas como externas.
Em caso de morte, esta geralmente ocorre entre 6 a 16 dias após o início dos sintomas e na maior parte dos casos deve-se à diminuição da pressão arterial resultante da perda de sangue.
Transmissão
O vírus pode ser adquirido através de contato com o sangue ou outros fluidos biológicos de um ser humano ou animal infectado. A transmissão por via aérea ainda não foi documentada em ambiente natural.
Acredita-se que o reservatório natural seja o morcego-da-fruta, o qual é capaz de propagar o vírus sem ser afetado. Os humanos são infectados pelo contacto direto com os morcegos ou com animais que foram infectados pelos morcegos.
Uma vez estabelecida a infecção humana, a doença pode-se também disseminar entre determinada população. Os sobreviventes do sexo masculino continuam a ser capazes de transmitir a doença através do sémen durante cerca de dois meses.
Para o diagnóstico de DVE, são primeiro excluídas doenças com sintomas semelhantes, como a malária, cólera ou outras febres hemorrágicas virais. Para confirmar o diagnóstico são examinadas amostras de sangue para a presença de anticorpos virais, ARN viral ou do próprio vírus.
Em 2017, cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveram um tratamento eficaz, rápido e econômico para o vírus Ebola usando anticorpos de cavalos. Estão em curso medidas para desenvolver uma vacina.
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