Tubarão-duende
O tubarão-duende (Mitsukurina owstoni) é uma espécie peculiar de tubarão. Trata-se de um dos animais conhecidos como “fóssil vivo”. É único representante vivo da família Mitsukurinidae, uma linhagem com cerca de 125 milhões de anos.
Tubarão-duende (Mitsukurina owstoni)
Este animal de pele rosa tem um perfil distinto com um focinho achatado e alongado em forma de faca, com minúsculas células sensoriais e mandíbula com dentes finos.
É um tubarão de porte grande, variando entre 3 e 4 m de comprimento quando adulto, embora possa crescer consideravelmente mais.
Vive em águas profundas, e já foi encontrado a 1200 metros de profundidade, no oeste do oceano Pacífico, no oeste do Índico e a leste e oeste do oceano Atlântico.
Comportamento
Habitam encostas continentais superiores, desfiladeiros submarinos e montanhas submarinas em todo o mundo a profundidades superiores a 100m, com adultos encontrados em águas mais profundas que os jovens. Há registro da espécie ao largo das costas das ilhas japonesas, Austrália e do sul africano.
Pouco se sabe a respeito do comportamento desses peculiares tubarões. Todavia, acredita-se que alimentam-se principalmente de lulas, camarões, polvos e outros moluscos.
Acredita-se que ele encontra suas presas a partir de impulsos elétricos pelo seu longo nariz em forma de faca incorporada por células sensoriais.
Dada a profundidade em que vive, o tubarão-duende não representa perigo para os seres humanos. Alguns espécimes foram coletados vivos e trazidos para aquários públicos, embora tenham sobrevivido por pouco tempo. Um foi mantido na Universidade de Tokai e viveu por uma semana, enquanto outro foi mantido no Tokyo Sea Life Park e viveu por dois dias.
Seu significado econômico é mínimo; a carne pode ser seca e salgada, enquanto as mandíbulas obtêm preços altos dos colecionadores.
Este tubarão não é alvo de nenhuma pescaria, mas é ocasionalmente encontrado por captura em redes de de fundo ou redes de arrasto. A maioria das capturas são incidentes isolados.
Os tubarões-duendes são uns dos mais antigos tubarões existentes.
Registros são raros
Um dos últimos registros foi feito na costa do Rio Grande do Sul, Brasil. O exemplar foi encontrado morto, por um barco de pesca a 400 metros de profundidade no dia 22 de setembro de 2011 e doado ao Museu Oceanográfico da Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
O mais recente foi no Golfo do México, em 2014. O animal com mais de cinco metros de comprimento foi arrastado junto com camarões numa rede de mais de 600 metros. O NOAA, revelou em seu site que este foi o segundo tubarão-duende registrado no Golfo do México. O primeiro foi capturado em julho de 2000.
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