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Micromariposas

Micromariposas: Insetos com poucos milímetros de envergadura passam a maior parte da vida como larva no interior de caules e folhas.

O entomologista Gilson Moreira retornou de uma expedição a uma área de Mata Atlântica no norte do Rio Grande do Sul com a bagagem repleta de folhas e caules de árvores e arbustos para analisar em seu laboratório.

Micromariposas

Acleris laterana - Micromariposa
Acleris laterana. by Ben Sale

Por Ricardo Zorzetto/ Pesquisa FAPESP :: Especialista em taxonomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), dedica-se atualmente, com sua equipe, a identificar o maior número possível de espécies de um grupo quase desconhecido de insetos: mariposas que alcançam milímetros (mm) de envergadura com as asas abertas e passam a maior parte da vida como larva ou pupa (transição para o adulto) no interior de folhas das plantas que lhes servem de alimento. 

Cada espécie dessas micromariposas adaptou-se ao longo da evolução a nutrir-se e a se desenvolver quase sempre em uma única espécie de planta.

Por essa razão, as folhas e os caules são úteis para conhecer o inseto em seus diferentes estágios de vida – os indivíduos adultos são difíceis de encontrar e de capturar porque, além de diminutos, vivem apenas horas ou dias e são pouco atraídos pela luz, diferentemente das mariposas maiores.

“Há alguns anos notei que a morfologia dos indivíduos imaturos é extremamente adaptada ao ambiente em que crescem e se desenvolvem e passei a coletar algumas estruturas das plantas em que vivem para estudar as larvas e as pupas”, conta Moreira.

Minadoras

Micromariposas - Gracillariidae
Micromariposa da família Gracillariidae

O pesquisador gaúcho e seus colaboradores estão no momento interessados em um grupo especial de micromariposas: a família Gracillariidae.

Com quase 1,9 mil espécies já identificadas no mundo e apenas 185 nas Américas, esses insetos têm um hábito bastante peculiar. Suas larvas são hábeis cavadoras de túneis, razão por que essas mariposas são chamadas de minadoras.

Enquanto as larvas (lagartas) das mariposas grandes consomem as folhas inteiras de suas plantas prediletas, as das minadoras deixam marcas mais sutis.

>> Confira o artigo completo e o podcast com o biólogo entomologista Gilson Moreira no site da Revista Fapesp – revistapesquisa.fapesp.br/2018/01/16/mariposas-invisiveis/

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