Poça de maré

Poça de maré: As poças de maré são piscinas rasas de água do mar que se formam na costa rochosa entre as marés. São valiosos são habitats para animais que se adaptaram e que atraíram a atenção de biólogos marinhos.

Poça de maré

27/11/2020 ::  Por Josué Fontana

As poças de maré existem na “zona entre-marés” (a área dentro da amplitude das marés), que é submersa pelo mar nas marés altas e durante tempestades, e podem receber spray por ação das ondas. Muitas dessas piscinas existem como corpos d’água separados apenas na maré baixa.

Em outras ocasiões, podem sofrer condições extremas, esquentando ao sol ou até expostas a fortes ventos frios.

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Essas piscinas naturais aproximam os organismos marinhos das pessoas, uma vez que os animais ficam mais fáceis de serem observados nesses ecossistemas, como um “aquário”. Por isso, as poças de maré atraíram a atenção de naturalistas e biólogos marinhos e até filósofos.

“É aconselhável olhar da lagoa para as estrelas e depois de volta à poça de maré.”
– John Steinbeck em The Log from the Sea of Cortez

Adaptação

Poucos organismos podem sobreviver a tais condições adversas.

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Crustáceos marinhos conhecidos pelo nome comum de cracas (ordem Sessilia) e percebes (ordem Pedunculata) vivem nesta zona. Diferentes espécies de cracas vivem em elevações muito restritas, com as condições das marés determinando com precisão a altura exata de um conjunto em relação ao nível do mar.

A zona entre-marés é periodicamente exposta ao sol e ao vento, condições que podem causar o ressecamento das cracas. Esses animais, portanto, precisam estar bem adaptados à perda de água. Suas conchas de calcita são impermeáveis e possuem duas placas que deslizam pela abertura da boca quando não estão se alimentando. Essas placas também protegem contra predação

Outros exemplos animais que se adaptaram para esses ecossistemas são: anêmona, maria da toca, camarão, paguro, caranguejos, ouriços, entre outros.

Na flora se destaca a presença da Postelsia (palma-de-mar ou palmeira-de-mar). É um gênero de kelp incluído na classe de algas Phaeophyceae. O gênero é monotípico, tendo como única espécie a Postelsia palmaeformis, macroalga que está entre as  poucas algas que podem sobreviver fora da água, passando grande parte de seu ciclo de vida exposta ao ar. 

Fontes e referências:

• Paine, R.T. (1998). “Habitat Suitability and Local Population Persistence of the Sea Palm Postelsia Palmaeformis“.
• Tide pool, from Wikipedia