EvoluçãoGenética

Genética populacional

A genética populacional (ou Genética de populações) é um subcampo da genética que lida com as diferenças genéticas dentro e entre as populações e é uma parte da biologia evolutiva.

Estudos nesse ramo da biologia examinam fenômenos como adaptação, especiação e estrutura populacional.

Genética populacional

Em outras palavras, a genética de populações é o ramo da Biologia que estuda a distribuição e mudança na frequência de alelos sob influência das quatro forças evolutivas: seleção natural, deriva gênica, mutação e fluxo gênico.

Sistemática

A genética populacional também busca explicar fenômenos como especiação e adaptação ao ambiente. Esta adaptação pode ser explicada por meio de norma de reação. Dessa forma, a genética de populações é parte vital da síntese evolutiva moderna. 

• Sistemática

Seus principais fundadores foram Sewall Wright, Sir Ronald Fisher e J. B. S. Haldane. (veja também: Ernst Mayr

Princípio do Equilíbrio de Hardy-Weinberg

A fundação dessa disciplina se baseia no fato de que, respeitadas certas premissas básicas em uma população (ausência de seleção natural e ausência de mutação no locus em questão, ausência de migração e tamanhos populacionais infinitamente grandes, entre outras), as frequências dos alelos e dos pares de alelos (genótipos) podem ser calculadas segundo fórmulas derivadas do chamado Princípio do Equilíbrio de Hardy-Weinberg:

Também conhecidas como moscas-do-vinagre, as drosófilas são consideradas excelente material para experimentos genéticos, devido principalmente à curta duração de seu ciclo reprodutivo e ao fato de suas células conterem apenas quatro pares de cromossomos.
Drosophila melanogaster: um popular modelo de estudo genético. foto: André Karwath

Em um locus com apenas dois alelos segregando em uma população diploide de reprodução sexuada, temos:

[f(A)= p] Frequência relativa de “A” (a probabilidade de que um alelo sorteado ao acaso na população seja “A”)

[f(a)= q] Frequência relativa de “a” (a probabilidade de que um alelo sorteado ao acaso na população seja “a”)

[p + q = 1] As frequências de “A” e “a” somam 100% onde, “a” é o alelo recessivo e “A”, o alelo dominante. As frequências relativas de cada alelo também representam as respectivas frequências de gametas disponíveis para formar os indivíduos da próxima geração nesta população.

Genética populacional
by Hillebrand Steve, U.S. Fish and Wildlife Service

Para o par de alelos “A” e “a” temos três situações em relação à formação de zigotos após uma rodada de acasalamentos aleatórios:

[f(AA)=f(A).f(A)=p.p=p² (par de alelos dominantes)] Frequência de genótipos AA

[f(Aa)=[f(A).f(a)]+ [f(a).f(A)]= 2.p.q (par de alelos distintos formando heterozigotos)] Frequência de genótipos Aa

[f(aa)=f(a).f(a)=q.q=q² (par de alelos recessivos)] Frequência de genótipos aa

[P²+2PQ+Q²=1] As frequências dos três genótipos possíveis somam 100%

Genética médica

Síntese evolutiva moderna

Drosófila sexo

A matemática da genética populacional foi originalmente desenvolvida como o início da moderna síntese evolutiva. De acordo com Beatty, a genética populacional define o núcleo da síntese moderna.

Nas primeiras décadas do século XX, a maioria dos naturalistas de campo continuou acreditando que os mecanismos lamarckianos e ortogênicos da evolução forneceram a melhor explicação para a complexidade que observavam no mundo vivo.

No entanto, à medida que o campo da genética continuou a se desenvolver, essas visões tornaram-se menos sustentáveis. Durante a síntese evolutiva moderna, essas idéias foram purgadas, e apenas as causas evolutivas que poderiam ser expressas no quadro matemático da genética populacional foram mantidas.

Consenso foi alcançado quanto a quais fatores evolutivos poderiam influenciar a evolução, mas não quanto à importância relativa dos vários fatores.

fonte: Wikipedia.org

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