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Esturjão-marinho-europeu

Esturjão-marinho-europeu: antes abundante, era encontrada em habitats costeiros por toda a Europa, essa espécie (Acipenser sturio) sofre com diversas ameaças criadas pelo homem. Segundo a IUCN está criticamente ameaçada de extinção.artigo original www.biologo.com.br

Esturjão-marinho-europeu, um peixe sumindo dos mares da Europa

6/7/2022 ::  por Marco Pozzana, biólogo

Espécie descrita pelo lendário naturalista Lineu em 1758, o esturjão-marinho-europeu, também conhecido como solho ou solho-rei, tem tido um preocupante declínio de suas populações.

Acipenser sturio - Esturjão-marinho-europeu
Acipenser sturio

Nativa da Europa, a Acipenser sturio tem sido vítima da pesca comercial irresponsável com redes de arrasto e redes de emalhar. Outros problemas complexos para a conservação como poluição, mudanças climáticas e competição com outras espécies estão entre os principais desafios na proteção da espécie.

Esturjão é o nome usado para designar as espécies de peixes da família Acipenseridae, incluindo os gêneros Acipenser, Huso, Scaphirhynchus e Pseudoscaphirhynchus. Dentre todos os gêneros da família, o Acipenser é o que tem o maior número de espécies, em sua maioria ameaçadas.

Acipenser sturio (Lineu, 1758) “solho ou solho-rei”

Este peixe alimenta-se principalmente de moluscos e crustáceos. É uma espécie anádroma — anádromos são os peixes e animais aquáticos que se reproduzem em água doce mas se desenvolvem até a forma adulta no mar — portanto os problemas ligados a poluição ou alterações nos cursos dos rios também podem ser graves ameaças para a perpetuação dessas espécies. 

Esturjão-europeu ou Solho
Esturjão-marinho-europeu no Zoo Basel. © Joachim S. Müller

Para agravar a situação do esturjão-marinho-europeu, não há uma estimativa populacional precisa disponível. estima-se que a abundância de esturjão europeu maduro e selvagem seja inferior a 800 indivíduos. Segundo a IUCN, o número de indivíduos pode ir de somente 20 até 750 animais maduros.

Com uma população selvagem tão diminuta, um programa de reprodução em cativeiro é considerado essencial para a conservação da espécie.

Embora as operações de restauração no estuário do Gironde e no rio Elba (Alemanha), com o repovoamento artificial tenham sido bem-sucedidas, a recuperação do solho é um processo longo que pode levar de três a quatro décadas. 

Fontes e referências:

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